Escolas fortes impulsionam o crescimento das cidades. Essa é a premissa do médico Gustavo Born, referência na área da Proctologia na região. Filho de alemães que tinham a educação como meta de vida, Gustavo cresceu visitando o hospital com o pai, enquanto cultivava o apreço ao esporte, nos corredores do Colégio Evangélico Alberto Torres.
A história e a educação de Gustavo Born
A escola desempenhou um papel fundamental no amadurecimento de seu lado conciliador, lúdico e sereno, ao mesmo tempo, em que estimulou seu intelecto e despertou o desejo de contribuir para a saúde da comunidade. Um ensino fundamental bem estruturado foi crucial para que ele conquistasse a aprovação no vestibular de Medicina da PUC, realizasse residência em Cirurgia Geral e se especializasse na área médica.
No bairro Hidráulica, onde cresceu, ele seguia direto para as salas do CEAT, onde estudava e praticava tênis, vôlei e futebol. “Estudar foi a maneira como meus pais construíram suas vidas, e, dessa forma, nos incentivaram a seguir o mesmo caminho”, relembra.
Filho do pediatra Ilvo Born, pioneiro na região, Gustavo teve um contato precoce com a medicina, acompanhando o pai, que iniciou sua prática em 1969 em Lajeado. Naquela época, havia apenas 11 médicos no Vale; hoje, são mais de 400, apenas no corpo clínico do Hospital Bruno Born, onde Gustavo também atua. Atualmente, Gustavo se destaca na prevenção de problemas intestinais e câncer, e atribui grande parte de sua trajetória à educação de base. “Uma formação sólida cria resiliência. Lajeado conta com três escolas centenárias, que fortaleceram o espírito associativo da região”, destaca.
A vivência escolar disciplinou Gustavo para a responsabilidade de se comprometer, estudar e participar. No CEAT, ele aprimorou a língua alemã, uma habilidade que facilitaria, mais tarde, a comunicação com pacientes, no seu consultório. “A língua abre portas”, enfatiza. Também promove a humanização no processo médico-paciente.
A educação desempenha um papel crucial no desenvolvimento da escuta empática, habilidade essencial para um médico honrar sua profissão. “Educação também é saber ouvir e refletir com aqueles que têm mais experiência do que nós. Os professores do CEAT foram fundamentais para me ajudar a promover essas reflexões”, afirma Gustavo Born. Por outro lado, o processo de educar também envolve cobrar postura ética e responsabilidade dos alunos. “Tenho um grande carinho pelo colégio, que foi essencial para me ensinar esses valores”, complementa Gustavo Born.
Geraldine: educação envolve conduta
A trajetória educacional se estende à irmã de Gustavo. Geraldine Born, 47 anos, farmacêutica, também estudou no Ceat desde o maternal. Ela destaca o papel dos pais. A mãe foi professora de Língua Portuguesa e tanto ela quanto o pai, Ilvo, valorizaram a interação com professores do colégio e o envolvimento na comunidade escolar. “Aprendemos a ter empatia e aproveitar oportunidades. A educação vai além do conteúdo do caderno, é uma questão de conduta.”
Geraldine frequentava o consultório do pai e, ainda criança, organizava os medicamentos por ordem alfabética. Talvez tenha sido nesse ambiente que surgiu a ideia de se tornar farmacêutica. Sua infância, marcada pelo hábito de estudar, também foi enriquecida pelas aulas de teatro, interclasses e feiras de ciências, momentos em que tinha a oportunidade de apresentar seus trabalhos e superar a timidez. “Eu era tímida, mas o contato com o público me ensinou a me soltar”, conta. A educação, além disso, foi fundamental na formação de seu caráter. “Fomos criados para pensar no outro”, afirma.
Geraldine escolheu o mesmo colégio para sua filha, Cecília, de 8 anos, que já demonstra paixão pela música, tocando violino no turno integral. A pequena planeja seguir os passos do avô e se tornar pediatra.
Bernardo: nova geração em destaque
Bernardo Marroni Born, filho de Gustavo, tem 17 anos e se prepara para prestar vestibular em breve. Desde cedo, aprendeu a buscar oportunidades dentro e fora do colégio. Atualmente no segundo ano, ingressou na escola ainda na infância e se tornou proficiente em inglês e alemão, idiomas pelos quais é fascinado. Essa habilidade o levará a estudar no exterior. “Sou movido por desafios, tenho diversas metas que quero alcançar”, ressalta.
Bernardo sonha em se tornar um tenista profissional, dedicando-se intensamente ao esporte desde a infância. Seu objetivo é cursar uma universidade na Alemanha ou nos Estados Unidos, onde espera integrar o time de tênis universitário e conquistar uma bolsa esportiva. “Precisamos buscar nossas oportunidades”, destaca o estudante, que, durante o colégio, aprimorou sua oratória. “Aprendi muito com os trabalhos escolares. Ao apresentá-los, perdi o medo e hoje gosto de falar em público.” Com uma habilidade de articulação exemplar, Gustavo conecta o presente ao futuro, desejando protagonizar uma trajetória diferenciada. “O que permanece em uma família são a educação, o companheirismo e os laços”, afirma ele.