O período de férias e os dias quentes de verão são convidativos para as atividades ao ar livre com as crianças. Porém, deixar os pequenos muito tempo expostos ao sol e a alimentos diferentes, exige cuidados redobrados para os pais. Isso porque a estação mais quente também pode trazer alguns riscos à saúde, como insolação, desidratação e viroses.
Médico pediatra, Sérgio Kniphoff conta que nas últimas semanas algumas viroses têm se intensificado, afetando até mesmo os pais. Segundo o especialista, a virose é o quadro em que a pessoa apresenta vômitos e/ou diarréia. Apesar de deixar as crianças abatidas, ela cura de forma espontânea, não sendo necessário o uso de medicações, em muitos casos.
“O próprio organismo da criança cria defesas e anticorpos que combatem a infecção. Os pais ficam angustiados e querem dar remédios porque as crianças ficam fracas, mas ela leva de cinco a sete dias para curar”, explica.
Para os quadros de virose, o pediatra indica que os pais ofereçam à criança uma alimentação mais leve e reforcem a ingestão de líquidos. “O ideal é comer em pequenas quantidades e mais vezes. Uma criança que está vomitando não pode tomar meia mamadeira de uma vez, pois vai vomitar. O estômago está mais sensível”, destaca. “Os pais ficam preocupados, insistem na alimentação, mas é preciso controlar e oferecer bastante líquidos para que a criança não desidrate”.
Conservação dos alimentos
Outro ponto importante é a armazenagem dos alimentos durante o verão, a fim de evitar possíveis problemas de saúde, como as intoxicações alimentares. Sérgio explica que, não basta ingerir comidas saudáveis e leves, é preciso atentar para a higienização.
A quem faz as refeições fora de casa, a dica é buscar estabelecimentos de confiança e evitar consumir alimentos como as maioneses, que facilmente podem estragar com o calor. Alguns pratos podem ter sua composição alterada e a proliferação de microorganismos patogênicos intensificada com as temperaturas mais altas.
Exposição ao sol
A pele das crianças é mais sensível, por isso a exposição solar deve ser controlada. Embora a recomendação seja evitar o sol das 10h às 16h, Sérgio destaca que esse não é o cenário comum visto nas praias e praças. Ele destaca que, atualmente, a intensidade dos raios ultravioletas está mais forte, o que pode ser prejudicial à saúde das crianças a longo prazo, já que os efeitos são cumulativos.
“Temos visto cada vez mais jovens adultos com câncer de pele, por não terem se protegido na infância. São pessoas com menos de 40 anos”, alerta. “É fundamental que os pais compreendam isso, pois crianças não devem ter marcas de biquíni ou de sol. Elas precisam estar tapadas e protegidas.”
A recomendação é usar roupas com proteção UV, chapéu, óculos escuros e, além disso, aplicar protetor solar. “Pode ser o fator 30, reaplicado a cada 2 horas”.
Assista o bate-papo completo com Sérgio Kniphoff nas plataformas digitais do Grupo a Hora. O programa “Nosso Filhos” foi apresentado por Mateus Souza e pelo Dr. João Paulo Weiand. Patrocínio de Clínica Protege e Colégio Evangélico Alberto Torres – CEAT.