Três das dez pontes custeadas pelo programa Reconstrói RS, iniciativa da Federação das Entidades Empresariais (Federasul) e dos Institutos Floresta e Ling, aguardam a estrutura metálica para serem entregues.
É o que afirma o presidente da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), Angelo Fontana. O dirigente esteve nesta semana em visitas às localidades contempladas. “Nosso plano era entregar a primeira ainda em janeiro. Devido às férias coletivas das empresas que doaram os metais, só teremos os moldes a partir de 10 de fevereiro”, diz.
Com isso, o plano de entrega passou para o fim do próximo mês e início de março. Estão na etapa final de instalação passagens no interior de Doutor Ricardo, Ilópolis e Putinga. “Nossa decisão foi de esperar os materiais. Mas não ficamos parados, começamos as obras, com a parte de engenharia, em outras quatro passagens”, frisa Fontana.
Cada obra custou cerca de R$ 780 mil. Os projetos seguem critérios do Departamento Autônomo de Estradas para Rodagem (Daer) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com capacidade para o trânsito de caminhões com até 45 toneladas.
Ao todo, serão mais de R$ 8,7 milhões de investimento. Para garantir os projetos e o custeio das obras, foi formado um comitê empresarial. “Escolhemos passagens degradadas em pontos estratégicos e queremos garantir obras rápidas tanto na parte alta e baixa do Vale”, ressalta Fontana. Cada ponte tem até 12 metros de comprimento.
Detalhes do programa
O Reconstrói RS começou com um orçamento de R$ 84 milhões para obras de infraestrutura. Cabe às associações comerciais o cadastramento. A escolha dos beneficiados é avaliada por um comitê composto por especialistas em engenharia e arquitetura.
Pela lista de critérios, entram investimentos em estabilização, recuperação e proteção de taludes, restabelecimento de pontes, estradas, recuperação de diques e barragens, obras de drenagem e de saneamento.
Além das dez pontes confirmadas CIC-VT, outros cinco projetos fazem parte do cadastro para o Vale do Taquari. Entre os quais, as obras para ligação entre Marques de Souza e Travesseiro já estão em curso.
Conforme a Federasul, o objetivo é atender de forma mais assertiva os projetos estruturantes. “Temos mantido um diálogo muito próximo dos proponentes do Reconstrói RS. Há um entendimento dentro da Federasul de que o Vale do Taquari precisa ser atendido e valorizado”, afirma Fontana.
“O programa foi pensado para incentivar o espírito comunitário e empreendedor da população. O Vale do Taquari tem essa característica, de uma história de trabalho colaborativo. Importante que se diga, todo o aporte é a fundo perdido”, afirma o vice-presidente da Federasul, Rafael Goelzer.