“Participar dos rodeios é uma forma de manter viva a cultura gaúcha e um legado familiar”

ABRE ASPAS

“Participar dos rodeios é uma forma de manter viva a cultura gaúcha e um legado familiar”

Augusto Beneduzzi, 29, é patrão do CTG Capitão Ribeiro, entidade do Capitão que organiza o rodeio que abre as atividades campeiras no Rio Grande do Sul. Para ele, as atividades tradicionalistas são importantes para manter viva a cultura gaúcha e um legado familiar, pois seu pai foi patrão e fundador da entidade. Para ele, o desafio é manter os eventos fortes e o tradicionalismo vivo para as próximas edições

“Participar dos rodeios é uma forma de manter viva a cultura gaúcha e um legado familiar”
Foto: Gabriel Santos

Você começou no CTG ainda muito jovem. Como foi sua inserção na entidade e a influência do seu pai nesse caminho?

Eu ingressei no CTG com apenas 7 anos, incentivado pelo meu pai, César Beneduzzi, que foi um dos fundadores da entidade. Desde cedo, ele me envolveu no universo do rodeio e do tradicionalismo. Para ele, a cultura campeira era mais do que uma paixão, era uma forma de transmitir valores, como respeito, disciplina e amor à terra. Cresci dentro dessa tradição e, ao longo dos anos, fui adquirindo experiência e colecionando troféus, o que só reforçou o vínculo com essa herança familiar. Hoje, todos da família são envolvidos de uma forma ou outra com o CTG.

Como você vê a evolução do rodeio e do tradicionalismo na sua região?

O rodeio sempre foi uma grande paixão da minha família. Desde pequeno, participo de provas campeiras e, ao longo dos anos, percebi uma evolução tanto no tamanho dos eventos quanto na organização. O último rodeio que realizamos, por exemplo, foi um dos maiores da nossa história em Capitão. Comemoramos o 20º rodeio do CTG, reunindo mais de 500 laçadores e um público expressivo, o que é um feito e tanto para nós. O parque ficou pequeno para tanta gente, com visitantes de todo o estado, e foi uma grande festa para todos nós. O rodeio se tornou uma verdadeira celebração da nossa cultura.

Em relação à organização do grupo, como é feita a preparação durante o ano para os eventos?

A organização do CTG não se limita apenas aos dias do rodeio. Durante o ano inteiro, temos a presença constante de tradicionalistas, que nos acompanham em várias competições e eventos em diferentes regiões do estado, como no Vale do Taquari, na região Norte e Centro. A ideia é representar a nossa entidade e fortalecer os laços com outras comunidades tradicionais. Além disso, é um ciclo de trocas, onde todos esses grupos voltam ao nosso município para retribuir as visitas e manter o espírito de fraternidade e união que é marca do nosso movimento.

O rodeio tem um papel importante no fortalecimento da cultura gaúcha. Como você enxerga essa contribuição para as futuras gerações?

O rodeio é uma das expressões do tradicionalismo gaúcho. Através dele, passamos de geração para geração os costumes, os valores e, claro, o amor pela nossa terra. Cada troféu que conquistamos, cada evento que organizamos, é uma forma de preservar e valorizar a nossa história. No meu caso, vejo isso como um legado que meu pai me passou. O tradicionalismo vai além das festas e competições; ele envolve a união da família, a preservação dos costumes e a valorização da nossa identidade.

Para finalizar, o que representa para você ser patrão do CTG Capitão Ribeiro?

Ser patrão do CTG Capitão Ribeiro é, sem dúvida, uma grande honra, mas também uma grande responsabilidade. Eu sou apenas um elo dessa corrente que une tantas pessoas que amam o tradicionalismo. O legado do meu pai e de tantos outros pioneiros da nossa entidade me inspira todos os dias a fazer o melhor para que a nossa cultura siga sendo preservada e valorizada. É um trabalho que exige dedicação, mas que traz muita satisfação, pois sei que estou contribuindo para algo maior do que eu mesmo.

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