Conselho busca apoio dos prefeitos para debater pedágios

CONCESSÃO DAS RODOVIAS

Conselho busca apoio dos prefeitos para debater pedágios

Grupo regional pretende adotar uma postura unificada sobre proposta do Estado para investimento em rodovias do Bloco 2

Conselho busca apoio dos prefeitos para debater pedágios
Pela proposta, pedágios físicos serão substituídos por sistemas de cobrança automáticos. Serão 24 pórticos em cerca de 415 quilômetros entre rodovias do Norte e do Vale do Taquari. (Foto: Felipe Neitzke/Arquivo)
Vale do Taquari

O grupo do Conselho de Desenvolvimento Regional (Codevat) e das entidades do setor produtivo do Vale do Taquari busca incluir os prefeitos nas discussões sobre o pacote dos pedágios.

Em reunião ontem entre a presidente do Codevat, Cintia Agostini, e o prefeito de Sério, Moisés de Freitas, indicado para ser o próximo presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (AMVAT), foi pedido para que ele ajude na mobilização dos novos prefeitos para que conheçam o projeto de concessão das rodovias do Bloco 2 e, assim, possam avaliar as condições das propostas e se envolver no debate regional.

O assunto também será debatido com o prefeito de Muçum, Mateus Trojan, para que também façam esse movimento na parte alta da região. Junto com isso, o grupo regional pretende marcar uma reunião de trabalho com o secretário Pedro Capeluppi e os municípios da região antes do fim da consulta pública, prevista para 20 de fevereiro.

Para o prefeito Moisés de Freitas, é necessário estreitar a conversa com o Estado e envolver os prefeitos. “Temos muitos gestores entrando agora. É fundamental que tenham a compreensão exata do que vai acontecer, porque isso vai afetar a vida de todos.”

O gestor de Sério admitiu que há prefeitos que desconhecem a proposta e precisam ser informados sobre os detalhes. “Os novos gestores, estão faz duas semanas com o mandato, certamente não conhecem o que o plano prevê. Queremos que o Estado apresente melhor o projeto e que todos possam discutir e compreender o impacto das concessões”, realça.

A consulta pública para a concessão das rodovias foi lançada nessa segunda-feira. O Bloco 2 compreende as ERSs 128, 129, 130, 453, com trechos no Vale. A audiência pública ocorre dia 24 de janeiro, no auditório do prédio 7 da Univates, a partir das 10h. No mesmo dia, também está marcada a reunião em Venâncio Aires, no plenário da Câmara de Vereadores, a partir das 14h30min.

Movimento em Venâncio Aires

O prefeito Jarbas da Rosa prepara a lista de reivindicações com melhorias na RSC-453. A duplicação do trecho passa pelo perímetro urbano do município. Para tanto, são necessárias intersecções na via para pedestres e obras para adequação ao Plano Diretor. De acordo com ele, o município trabalha no fortalecimento e atualização das necessidades que sugere incluir no projeto antes da publicação do edital de concessão da via. “Vamos reapresentar nossas indicações de obras, que já levamos em 2022 e que seriam nossas prioridades”, destaca o prefeito.

Ainda entre as demandas está a de que o trecho que passa pela cidade tenha um pedágio com o sistema free flow, com a cobrança em fluxo livre. O Bloco 2 abrange 32 municípios, com o total de 415 quilômetros de extensão.

Comparação com o Bloco 1

Junto com as rodovias do Norte e do Vale do Taquari, o Estado também apresentou o estudo de modelagem para o Bloco 1, onde está a Região Metropolitana. O grupo de trabalho regional ainda não definiu posição sobre isso. Em uma análise preliminar, o vice-presidente de infraestrutura da CIC-VT, Leandro Eckert, destaca que o Polo da Região Metropolitana receberá um aporte de R$ 4 bilhões, enquanto o Vale do Taquari e o Norte receberão R$ 1,3 bilhão. “Há uma bela diferença. Precisamos ficar atentos às obras mais importantes e ao custo por quilômetro rodado”, afirma Eckert.

Ele ressalta que o Bloco 2 foi o mais impactado pelas inundações e possui uma topografia mais acidentada, o que torna o custo por quilômetro rodado mais caro. “Nosso bloco vai receber só R$ 1,3 bilhão, assim nosso quilômetro rodado vai ficar muito mais caro do que no Bloco 1. Acho que temos que lutar para dividir melhor esse bolo. No mínimo, meio a meio”, sugere.

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