Um novo ano

Opinião

Ledi Giongo

Ledi Giongo

Secretária Executiva da Cooperativa Dália

Um novo ano

No império romano, a população celebrava o primeiro dia do ano em homenagem ao deus Jano, que representava as mudanças e as transições. Foi em 46 a.C. que o imperador Júlio César decretou que nesse dia seria comemorado o ano novo com base no calendário juliano.

Já o famoso Réveillon surgiu na França, no início do século XVII, com o objetivo de comemorar a chegada de mais um ano. Essa tradição ganhou adeptos de religiões diversas, principalmente africanas, e se tornou um espetáculo de fogos, luzes e shows no mundo inteiro. Contudo, há civilizações que adotam datas diferentes para o celebrar, como muçulmanos e islâmicos, que têm seu próprio calendário.

O significado original dessa data, que reporta ao deus Jano, é o desejo por mudanças, uma condição que se perpetuou ao longo do tempo. Por isso, há pessoas que, no dia que antecede o novo ano, fazem um balanço sobre sua passagem nessa lacuna de tempo, avaliam seu posicionamento diante das adversidades e projetam o que está po vir , geralmente com desejos de vantagens positivas. Porém – e sempre há um porém na vida de todos nós –, o sentimento mais ameno que a humanidade idealiza para o novo ano precisa ser lembrado e vivenciado diariamente afim de que os bons presságios e as abundãncias se mantenham.

Votos de feliz ano novo sempre são bem-vindos; porém, precisam estar acompanhados de gratidão por cada experiência vivida e aprendizado assimilado, porque nos permitiram crescer como seres humanos. Se desejamos que ele seja realmente um novo ciclo de vida, devemos renovar e cultuar a certeza de que fazemos parte do universo e, por isso, personagens que podem representar as transformações de que tanto carecemos.

Então, esta talvez seja uma oportunidade para melhorar nossos relacionamentos, respeitar pais e famílias, valorizar os que nos cercam, elogiar mais e criticar menos, agradecer mais do que pedir, reconhecer mais do que contrapor. Enfim, é tempo de concluirmos que não precisamos provar nada, apenas compartilhar, ensinar e aprender. É o saudável tempo da troca, que lembra a humildade de que todos necessitamos. Não vivemos sós: somos seres sóciopolíticos que precisam de seus iguais para sobreviver.

Esse propósito, quando atingido, significa que estamos fazendo história, deixando rastros que outros seguirão, além de servirmos de exemplo às gerações que nos sucederão. Simples assim: viver e deixar viver; amar para ser amado; respeitar para ser respeitado; compreender para ser compreendido. É o sentido da vida, tão lógico e tão certo como o fato de que, ao final da existência; na horizontal, todos somos iguais.

Concluindo, este é o momento para nos despirmos do ego e vestirmos o manto da serenidade para inspirar e expirar como alguém que cumpriu uma importante missão: a de que, ao sermos chamados ao outro espaço, aceitarmos que este é o ciclo natural da vida. Por isso, enquanto o coração bater, a ordem é viver intensamente e desfrutar do que há de melhor por aqui: a família, os amigos, o trabalho, combustíveis indispensáveis para usufruirmos da tão almejada qualidade de vida.
Feliz e abençoado 2025.

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