Futuro da escola Leo Joas permanece incerto

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Futuro da escola Leo Joas permanece incerto

Prefeita aponta inconsistências no projeto, definição de área e indicação de recursos para nova unidade de ensino

Futuro da escola Leo Joas permanece incerto
Escola foi destruída pelas cheias de maio e local ficou inutilizável (foto: Karine Pinheiro)
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A escola Leo Joas, atingida pelas inundações do ano passado, tinha como promessa ser reconstruída em um espaço fora da área de risco. Contudo, segundo a prefeita Carine Schwingel (União Brasil), uma série de inconsistências envolvem o projeto, desde a escolha da área até o financiamento da obra. Enquanto isso, a possibilidade de uso parcial da estrutura existente não está descartada.

A construção de uma nova escola no Bairro das Indústrias gera debates sobre a aplicação de recursos e a adequação às exigências do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O governo federal estabelece critérios rigorosos para a aprovação de escolas, incluindo requisitos relacionados a área destinada às construções. No entanto, o terreno adquirido pelo município não atende a esses padrões.

“Mesmo ciente da irregularidade, a administração municipal anterior decidiu manter a área e apresentou um projeto para construir a escola, com investimento estimado em R$ 7,5 milhões. O financiamento, entretanto, não provém de recursos federais e foi viabilizado por um empréstimo junto ao Banco do Brasil”, explicou a prefeita.

De acordo com Carine, o empréstimo de R$ 27 milhões, solicitado pela gestão anterior e originalmente destinado a quitar financiamentos anteriores com juros menores, teve parte de seus recursos redirecionada para a construção da nova escola e não para o pagamento do crédito. Para garantir que o financiamento não fosse perdido, o município credenciou a nova escola, localizada em Costão, sob o nome da antiga Escola Leo Joas, cuja estrutura foi parcialmente comprometida pelas cheias.

A continuidade do projeto está sendo discutida com a comunidade local. Caso os moradores aprovem, o financiamento será mantido e a obra seguirá. “Queremos assumir essa responsabilidade com base no entendimento da comunidade e na necessidade de atender à demanda educacional”, destacou a prefeita.

Embora o prédio antigo da Escola Leo Joas tenha sido danificado, há negociações para reaproveitar áreas não comprometidas. Uma das propostas inclui a transferência da Secretaria de Esportes para o local e a utilização do espaço para atividades de turno inverso. No entanto, conforme conversas com o governo federal, usar áreas com laudo de demolição pode acarretar a perda de recursos destinados à nova escola em construção.

Alternativas para atender demandas no ensino

A administração busca alternativas para superar os desafios relacionados à educação, incluindo parcerias e readequações.

Em conjunto com a Coordenadoria Regional de Educação, o município planeja utilizar espaços do Instituto Estrela do Amanhã e também do Escola Estadual de Educação Básica Vidal de Negreiros, para aliviar a sobrecarga da Casa da Criança, atualmente com alta demanda.

Com entusiasmo, a prefeita menciona que essa alternativa pode permitir a finalização da fila por vagas em creches, por meio da readequação de espaços e parcerias com instituições privadas, como a compra de vagas.

Acompanhe a entrevista na íntegra:

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