Bueno, tchê, já que virou notícia vamos ao tema. Trata-se da pendenga judicial entre a municipalidade de Cruzeiro do Sul e a empresa Minuano de Alimentos a respeito de uma área de 24 hectares, situada nas imediações do atual distrito industrial daquela cidade, na localidade de São Rafael, próximo à RSC-453.
A configuração da área em questão é bem interessante: aproximadamente 3.000 metros de comprimento e 80 metros de largura, em grande parte nivelada, com um imóvel tipo galpão de estacionamento e uma posição geográfica bem definida em relação à rosa dos ventos predominantes.
A história é meio comprida, mas vou tentar abreviar. Esta área específica já sediou em tempos idos o então Aeroclube de Lajeado, criado na década de 70.
Com a implantação do atual Porto Fluvial de Estrela na mesma época, o Aeródromo de Estrela que ali existia desde a década de 30 teria que ser realocado, como acabou sendo e hoje está localizado na linha São José.
Com o passar do tempo a estrutura de pista e hangar em Cruzeiro do Sul ficou ociosa. A área então foi cedida pela municipalidade para a empresa, com a finalidade de ali ser instalado um centro de criação de aves.
Abrindo parênteses: não vou entrar no mérito das pendências jurídicas existentes, até porque não é o meu CTG, embora tenha a convicção pessoal que pela merecida respeitabilidade das partes em breve será encontrada uma solução amigável e justa para ambos os lados. Para o bem de todos e a felicidade geral da nação, como disse o imperador Dom Pedro I nos idos de 1882.
Seguindo o baile: mais recentemente esta área foi avaliada por um grupo de empresários com o objetivo de instalar um novo e melhor estruturado aeródromo regional através de uma parceria público/privada, juntamente com outras duas em Estrela e mais duas em Lajeado.
E tomara que isso aconteça, alí, aqui, ou acolá.
TRÊS EM UM
Dizem os mais entendidos que em qualquer investimento de capital de risco ou aplicação financeira existem três pilares básicos a considerar (entre outros): rentabilidade, liquidez e segurança.
Como diz o meu Cumpádi Belarmino, é tipo assim criar uma vaquinha: a rentabilidade tem a ver com o maior retorno de benefícios potenciais (o leitinho da vaca), a liquidez com o fato de leitinho produzido (ou a própria vaca) possam ser aproveitados em trocas rapidamente e a terceira com a maior garantia que o leitinho não seja derramado e própria vaca não acabe solenemente atolada no brejo, sem produzir nada.
O Cumpádi é meio curto das ideias, mas acho que com sua vã filosofia não tá muito errado na sua analogia.
Meio difícil de conciliar e otimizar esses três parâmetros ao mesmo tempo, ainda mais colocando todos os ovos (e a vaca junto…) numa mesma cesta.
CORTINAS DE FUMAÇA
A expressão é meio antiga e talvez pouco conhecida atualmente. Mas a realidade não muda muito com o tempo e o uso desse subterfúgio pra desviar a atenção de assuntos mais relevantes continua frequente até hoje.
Conta a história que isso começou com um tal de Alcebíades, um governante ateniense da antiga Grécia, há uns dois mil e quatrocentos anos passados.
Não estava muito bem na parada junto a então opinião pública e lá um belo dia cortou com sua espada o rabo de seu cachorro de estimação em plena praça pública pra todos verem.
Causou um alvoroço e uma polêmica geral na cidade: Porque fez? Porque não fez? Fez bem! Fez mal! É ruim por isso! Mas é bom pra aquilo! E por aí vai.
Que maldade! Coitado do cachorro, que a propósito logo foi tratado e se recuperou. E o Alcebíades explicou o ato meio estapafúrdio aos seus conselheiros: enquanto falarem do rabo do cachorro, esquecem de falar mal do nosso governo.
LIVRE PENSAR
“Há três coisas que jamais voltam: a flecha lançada, a palavra dita, e a oportunidade perdida.” – (antigo ditado chinês)
Saideira
Nôno cantando de galo na cancha de bochas, numa forte discussão sobre os ¨pontos¨:
– Não se metam comigo porque eu já botei mais de 10 pra correr!
O neto completa:
– Mas nenhum deles conseguiu pegar o nôno na corrida…