Estado autoriza consulta pública sobre futuro dos pedágios na região

Plano de concessões

Estado autoriza consulta pública sobre futuro dos pedágios na região

Secretaria da Reconstrução finaliza processo para fornecer modelagem completa sobre pacote de investimentos, custos e estudos sobre as rodovias do Bloco 2

Estado autoriza consulta pública sobre futuro dos pedágios na região
Versão final da modelagem da concessão das rodovias estará disponível pela internet, no portal da consulta pública. Previsão é que seja aberta para participação na próxima semana. (Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari

O Conselho Gestor do Programa de Concessões e Parcerias Público-Privadas do RS aprovou o projeto de concessão das rodovias integrantes do Bloco 2, onde estão trechos do Vale nas ERSs 128, 129, 130 e 453. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado nessa sexta-feira.

Pelo relatório, detalhado em parecer prévio, estão os serviços de operação, exploração, conservação, manutenção, melhoramentos e ampliação da infraestrutura de transportes nas rodovias.

Com isso, a Secretaria da Reconstrução prepara o portal de internet e o acesso ao estudo completo, modelado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Além da aprovação do parecer, o Conselho também acolheu as recomendações da Unidade Executiva do Programa de Concessões e Parcerias Público-Privadas, fase em que é autorizada a abertura de uma consulta pública para discutir o projeto.

Conforme o secretário Pedro Capeluppi, essa etapa está em curso e deve ser finalizada nos próximos dias. O governo gaúcho afirma que a iniciativa visa melhorar a infraestrutura de transportes, promovendo mais eficiência e segurança nas rodovias contempladas.

A ideia do secretário Pedro Capeluppi é lançar o edital no primeiro semestre de 2025 e ter o leilão no mesmo ano. Pelo pacote, serão 24 pórticos de free flow para 415 quilômetros de rodovias. Pelo estudo, a média será de um leitor para cada 20 quilômetros.

Duas mudanças

Na análise de integrantes das associações, conselhos e câmaras regionais, a tarifa por quilômetro e critério do leilão precisam ser revistos. Pela modelagem, o custo por quilômetro rodado começa com o teto de R$ 0,23. Já o fator preponderante para escolha da empresa ou consórcio vencedor está no maior desconto ao Estado. Para a representação local, é preciso mudar essa regra para maior desconto de tarifa ao usuário.

Pela análise regional, houve avanços importantes no novo pacote, em especial pelos prazos de entregas das duplicações e pelo formato de cobrança sustentado no modelo automático (free flow).

Surpresa

Na última reunião do secretário da Reconstrução com líderes do Vale, em dezembro, abriu-se a possibilidade de fornecer o estudo final ao grupo de trabalho antes da abertura da consulta pública. No entanto, o Estado mudou essa ideia, o que causou surpresa.

Os representantes do Vale aguardam o estudo completo, onde estão as especificidades em termos de trechos atendidos, obras previstas em cada microrregião, análise sobre volume de tráfego e a elaboração da proposta de tarifa.

Esse detalhamento está pronto e será apresentado pelo portal voltado às concessões, informa o Executivo gaúcho. O plano pretende atrair investimentos de R$ 6,7 bilhões ao longo de 30 anos, com R$ 4,5 bilhões aplicados nos primeiros dez anos. Entre as prioridades estão a duplicação de 244 quilômetros e a construção de 103 km de terceiras faixas.

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