Dada a importância estratégica da BR-386 para a economia do Rio Grande do Sul, a presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cíntia Agostini, destaca a urgência de uma alternativa à ponte do Taquari.
Para reforçar o tema, o grupo responsável pelo projeto participará de uma audiência com o ministro dos Transportes, Renan Filho, com o objetivo de discutir a construção de uma segunda ponte entre Lajeado e Estrela, além da execução de anel viário.
“Temos clareza de que essa é uma demanda crucial para todo o estado. O tráfego pela BR-386 é vital, mas os gargalos existentes afetam diretamente a economia e a mobilidade. Se as medidas cabíveis não forem tomadas, a situação pode se agravar a ponto de inviabilizar o trânsito na região”, alerta Cíntia.
A presidente também ressalta a relevância dos projetos desenvolvidos pelos alunos de Engenharia Civil da Univates, que foram anexados a um ofício, agora assinado por 30 entidades estaduais, reforçando a necessidade de priorizar a obra.
Plano de Concessões
Embora o Plano de Concessões proponha maior justiça tributária, Cíntia Agostini defende a revisão do valor cobrado por quilômetro rodado. Na região, a tarifa atinge R$ 0,23 por quilômetro, quase o dobro da média nacional, que é de R$ 0,14.
Segundo Cíntia, ainda é cedo para determinar valores exatos, pois eles dependem do fluxo de veículos e das obras necessárias. Contudo, ela alerta que, devido ao pequeno território do Vale e ao trânsito frequente entre municípios, os custos impactam diretamente a rotina dos condutores.
A presidente da Associação Comercial e Industrial de Encantado (Aci-E), Raquel Cadore informou que lideranças da alta região do Vale formaram um grupo para avaliar as propostas do plano e buscar soluções mais adequadas à realidade local. “Encantado há anos reivindica melhorias na rodovia sem receber retorno. Nosso objetivo é assegurar um compromisso mais sólido da concessionária”, afirma.
Cíntia reconhece que o processo tem avançado, mas admite que novos desafios podem surgir à medida que o plano se desenrola. Ela também reconhece que nem todas as demandas poderão ser atendidas, devido a limitações de viabilidade.
Em relação ao investimento de R$ 1,3 bilhão do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) para reduzir tarifas, as líderes consideram a medida positiva. No entanto, alertam para a magnitude do projeto, que prevê R$ 7 bilhões em investimentos e uma concessão de 30 anos.