Setor extremamente criticado nos últimos anos, a secretaria de Saúde de Lajeado passou a ser comandada nesta gestão pela doutora Giovanna Linhares. As atividades iniciaram com visitas aos postos e demais unidades para identificar demandas urgentes na estrutura e quadro de profissionais.
Em entrevista ao Conexão Regional da Rádio A Hora, a profissional apresentou algumas das ideias para o trabalho ao longo dos próximos quatro anos. “Me vi reconhecida pelo meu trabalho na secretaria. Não hesitei, pois estou muito envolvida em fazer o melhor para saúde de Lajeado. O pedido da Gláucia e do Guilherme foi para fazer o básico bem feito, tratar bem os pacientes e quem atua nas unidades de saúde e transparência por meio de uma comunicação eficaz”, comenta.
De acordo com a secretária, a aproximação com os locais que oferecem serviço de saúde faz parte da rotina antes mesmo de assumir o comandado da pasta, uma vez atuou na coordenação médica de Lajeado. “Para ver se o espaço está adequado, se o número de consultórios e profissionais são suficientes. Quero fazer um diagnóstico geral para depois iniciar adaptações. Preciso acompanhar a agenda dos profissionais e a dimensão da fila de espera. É uma característica minha e isso não muda, dois turnos por semana serão fixos para visitas de forma permanente”, especifica.
Projetos em andamento terão continuidade neste início de gestão. Um dos exemplos é a reforma no posto do bairro Montanha e da Unidade Pronto Atendimento (UPA), no Jardim Botânico. Outro tema de grande impacto é a definição do local para a construção da unidade de saúde do Centro. O local definido foi atingido pela enchente.
Estrutura da secretaria
No aguardo por mais nomeações para finalizar o organograma de profissionais, Giovanna explica que as atividades da pasta são distribuídas por seis departamentos: finanças, atenção primária, atenção especializada, regulação, administrativo e vigilância em saúde, responsável pelo monitoramento e controle da dengue e outros surtos.
Em relação a UPA, a secretária enfatiza a destinação da estrutura para casos de emergência. Entretanto, na prática o espaço recebe casos com todas as classificações de risco. “Se vê hoje uma tendência muito imediatista. Importante diferenciar o que é necessidade e demanda. Esta pressa faz as pessoas remeteram sua busca na UPA”, analisa.
Ainda sobre a nova secretária
Natural de Minas Gerais, a médica possui familiares no Rio Grande do Sul, porém a chegada para o Vale em 2020 deu-se pelas atividades do marido, também médico, na UPA. Mãe de três filhos, ela é formada há mais de 10 anos na especialidade de saúde da família. O primeiro desafio foi a pandemia de Covid-19 com atuação nas unidades do município. Além da especialidade em cuidados paliativos, a doutora cursa gestão em saúde pela Universidade de São Paulo (USP).
Antes da primeira sessão do ano na câmara de vereadores, a nova integrante do governo entregou um convite aos 15 integrantes do Legislativo para uma reunião de apresentação das atividades da pasta.
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