Agência americana confirma retorno do La Niña
Horário SEM cache 05:04:27
Horário COM cache 05:04:27

SECA NO RS

Agência americana confirma retorno do La Niña

Fenômeno deve intensificar a estiagem no estado. Evento climático deve se estender até abril de 2025

Agência americana confirma retorno do La Niña
Foto: reprodução

A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) confirmou nesta quinta-feira, 9, o retorno do fenômeno La Niña. O evento climático, que começou em dezembro de 2024, deve se estender até abril de 2025, com possibilidade de transição para a neutralidade entre março e maio.

Segundo a NOAA, o fenômeno é marcado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial central e leste. Em dezembro, as temperaturas da superfície do mar ficaram abaixo da média, acompanhadas por ventos e instabilidades típicos de La Niña. A agência destacou que esse é um dos inícios mais tardios do fenômeno nos últimos 50 anos.

Impactos no Brasil

No Brasil, o fenômeno pode intensificar a estiagem no Sul e no Mato Grosso do Sul, prejudicando a agricultura, especialmente a produção de milho e soja. O Rio Grande do Sul já enfrenta seca em algumas regiões. Apesar da umidade acumulada em 2024, o calor e o tempo seco aceleram a perda de umidade do solo, agravando o cenário.

Por outro lado, o Norte e o Nordeste devem registrar aumento nas chuvas, enquanto o Sudeste e Centro-Oeste podem enfrentar variações climáticas. Mesmo com a La Niña, eventos extremos de chuva e enchentes não estão descartados.

O que é La Niña?

La Niña é caracterizada por temperaturas abaixo da média na superfície do Oceano Pacífico equatorial. Esse fenômeno, oposto ao El Niño, influencia padrões de vento, temperatura e precipitação globalmente. A última ocorrência de La Niña, entre 2020 e 2023, provocou estiagens severas no Sul do Brasil e crises hídricas em países vizinhos como Argentina e Uruguai.

Especialistas alertam para os possíveis impactos do fenômeno, reforçando a necessidade de monitoramento e planejamento para minimizar os prejuízos, especialmente na agricultura.

Acompanhe
nossas
redes sociais