Lajeado projeta reabrir escola ainda em fevereiro
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Lajeado projeta reabrir escola ainda em fevereiro

Parte da estrutura da Emef Alfredo Lopes da Silva foi atingida pela enchente de maio. Instituição passa por reformas desde o fim do ano passado. Expectativa é que obra viabilize retorno dos alunos do pré até o quinto ano

Lajeado projeta reabrir escola ainda em fevereiro
Trabalhos iniciaram em novembro. Construção de novo muro está entre as melhorias (Foto: Mateus Souza)
Lajeado

Iniciada no fim do ano passado, a reforma da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Alfredo Lopes da Silva, no bairro Morro 25, começa a tomar forma. Afetada pela enchente de maio do ano passado, a instituição está fechada desde a inundação e os alunos foram realocados em outras unidades de ensino.

O município investe cerca de R$ 500 mil na reconstrução da escola, entre aquisição de material e mão de obra. A expectativa é de que a obra seja concluída até o fim do mês para garantir o início do ano letivo no local, conforme a secretária de Educação, Adriana Vettorello. Hoje, são 120 estudantes matriculados.

“A escola vai retomar as atividades a partir de 3 de fevereiro com a equipe diretiva, enquanto no dia 17 voltam os alunos. Serão atendidos, neste primeiro momento, os estudantes da pré-escola ao quinto ano, com contraturno para os alunos do pré ao segundo ano”, destaca Adriana.

Os alunos que retornarão para a Emef Alfredo Lopes da Silva concluíram o ano letivo em 2024 na Emef Francisco Oscar Karnal, no bairro Santo Antônio. Já os que estavam matriculados do sexto ao nono anos do ensino fundamental tiveram aulas na Emef Campestre e, segundo a secretária, devem permanecer neste educandário, por enquanto.

Silva mora no bairro há 60 anos e quer contribuir com “retomada” loca (Foto: Mateus Souza)

“Aqui é o meu chão”

A Construtora Reginatto, de Encantado, é a empresa responsável pela execução da reforma, contratada por dispensa de licitação. Inicialmente, foi feita a remoção dos entulhos e limpeza do local. Também fora executada a troca do telhado e das paredes do ginásio. Neste momento, ocorre a pintura da fachada do prédio e reforma dos muros, das salas de aula e da parte administrativa.

Morador do Morro 25 há seis décadas, o pintor Paulo Alves da Silva, 70, é um dos profissionais que atua no local. Para ele, que cresceu e conhece como poucos a dinâmica do bairro, é satisfatório atuar na reconstrução de um local de extrema importância para a comunidade local.

“É gratificante poder ajudar, pois aqui é o meu chão. Não podemos deixar o prédio da escola abandonado e fechado. Temos que dar sequência a vida e fazer o bairro crescer de novo”, frisa Alves, que espera ver logo a movimentação de crianças na escola.

Primeiro piso inundado

A enchente de maio causou perdas significativas na estrutura da escola. As águas alcançaram todo o primeiro piso. Apenas o segundo andar escapou. Além dos danos estruturais, a instituição também teve mobiliário e equipamentos danificados.

Vereador recém-empossado e morador do vizinho bairro das Nações, Antônio Oliveira (Podemos) teve, como uma de suas primeiras ações, vistoriar a situação da escola. Ele protocolou ofício na Secretaria de Educação solicitando informações sobre a obra. As respostas foram encaminhadas ontem pela pasta.

Mutirão

A Emef Alfredo Lopes da Silva foi uma das três instituições de ensino do município afetadas pela enchente de maio – as demais foram a Emei Risque e Rabisque e o Projeto Vida São José, ambos no Centro –. Por ter forte ligação com a comunidade do Morro 25, moradores fizeram grande mobilização em junho para a limpeza do local.

O mutirão, noticiado pelo Grupo A Hora no dia 16 de junho, reuniu dezenas de voluntários em pleno domingo e teve como objetivo abrir caminho para a reconstrução da escola, iniciada em novembro.

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