O mercado de trabalho em constante transformação é impulsionado por avanços tecnológicos junto com as mudanças nas demandas sociais e econômicas. Neste quadro, algumas profissões se destacam como promissoras, com oportunidades para quem busca se destacar e prosperar. Especialistas, consultores e educadores apresentam quais as áreas com melhores perspectivas para os próximos anos.
Nesta lista, há setores com formação superior e técnica. Passa por áreas da tecnologia, saúde, construção civil, logística e educação. Para o presidente da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), Angelo Fontana, conseguir sensibilizar tanto o jovem que está para entrar no mundo do trabalho quanto para a requalificação de quem já está no mercado é uma das tarefas necessárias para os líderes.
“O Vale enfrenta um vácuo de trabalhadores, em especial com qualificação. Esse é um problema crítico, intensificado pela crise social gerada pelas cheias. Por isso, precisamos redescobrir como engajar os jovens. Não basta oferecer cursos técnicos se não houver estímulo”, analisa.
Foto: Filipe Faleiro
Para o dirigente, além de buscar iniciativas para oferecer bolsas integrais em escolas profissionalizantes da região, é necessário fazer com que os trabalhadores entendam a importância de se prepararem.
“Oferecemos oportunidades, mas muitos não comparecem ou não conseguem concluir. É um desafio que exige mudança cultural e investimentos estruturais”, afirma.
O mercado de trabalho da região é o tema central do RUMO – O Futuro da Mão de Obra, idealizado pelo Grupo A Hora. O projeto conta com o patrocínio de Cascalheira Stone Garden, Colégio Evangélico Alberto Torres, Construtora Diamond, Sicredi, Univates, Rhodoss Implementos Rodoviários, Metalúrgica Hassmann, Dale Carnegie, Tomasi Logística e Construtora Giovanella.
Junto com a exigência do conhecimento, habilidades comportamentais também são importantes, afirma o gerente da unidade regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Jerry Hibner. “As empresas estão em constante adaptação, tanto na forma de trabalhar, quanto no planejamento e na interação com o mercado.”
Foto: Filipe Faleiro
Por isso, o profissional de hoje precisa de equilíbrio entre capacidade técnica e qualidades socioemocionais. “Na indústria, espera-se um profissional com formação sólida e capaz de aprender, trabalhar em equipe e solucionar problemas.”
“As empresas que mais se desenvolvem estão na vanguarda e trazem isso como pré-requisito. Inclusive deixam claro aos trabalhador”, realça o diretor do Dale Carnegie, Gabriel Garcia. “A cultura de crescimento é a empresa quem determina. Quando o profissional também tem isso com meta, os resultados aparecem para ambos.”
De acordo com ele, as empresas de destaque no mercado criaram formatos de ensino dentro da organização. “Há um investimento em educação, em formação, em liderança, em gestão, vendas, negociação, comunicação. Esses pilares nunca estiveram tão em alta”, destaca.
Pela experiência em consultoria dentre de negócios da região, Garcia destaca que é muito difícil um profissional chegar pronto, mesmo com formação. “Então, a empresa começa investindo em um auxiliar, depois em um analista, depois no coordenador. Quem não tem preparação, as empresas treinam e preparam.”
FONTES:
- Guia Salarial da Robert Half 2025: Fornece dados detalhados sobre os salários médios para diferentes cargos e setores.
- Consultoria PageGroup: Os relatórios são usados por empresas e profissionais para entender as expectativas salariais.
- Panorama 2025 da Amcham: Fornece faixas salariais em diferentes setores, com base em dados coletados de empresas e profissionais.
- Observatório Nacional da Indústria: Realiza estudos sobre a demanda por profissionais por meio do “O Mapa do Trabalho Industrial”.
