Por que decidiu se encaminhar para a fotografia?
A fotografia sempre teve um lugar especial na minha vida. Mesmo sem ninguém na família que trabalhava nessa área, os registros do meu pai durante a minha infância, enquanto fazia quimioterapia em Porto Alegre, me marcaram profundamente. Ele usava a câmera de filme emprestada da minha tia para garantir que tivéssemos lembranças desse período.
Aos 16 anos, comecei a trabalhar em um estúdio de fotografia e sou imensamente grata pela base sólida e pelo aprendizado que recebi lá. Aos 18 ano, iniciei na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).
Como você consolidou sua carreira no Vale do Taquari?
A especialização foi a chave. Sempre acreditei que para ser referência em qualquer área é necessário se aprofundar e dominar aquilo que você ama fazer. Quando você está grávida, por exemplo, você busca um clínico geral ou um obstetra? Com a fotografia não é diferente. Em 2017, eu e meu marido focamos na fotografia materno-infantil. Desde então, nos dedicamos a criar registros cheios de sensibilidade, técnica e emoção, sempre valorizando o que realmente importa: as histórias das famílias.
O que é fotografia newborn e por que essas fotos estão em alta?
A fotografia newborn é a arte de registrar os primeiros dias do bebê com delicadeza e sensibilidade, eternizando detalhes únicos como as mãozinhas pequenas, os pés enrugados e o semblante tranquilo. Mais do que um registro visual, ela carrega emoções e conta a história do início de uma nova vida.
Esse tipo de fotografia está em alta porque registra um tempo que é fugaz. Os recém-nascidos serão daquele tamanho por tão pouco tempo. É uma forma de preservar a essência desse período tão breve e mágico, criando memórias que serão revisitadas e valorizadas para sempre.
Quantas pessoas você já fotografou na vida?
Já são mais de 2 mil famílias registradas ao longo desses 18 anos.
O que as fotos fazem pelas pessoas?
As fotos vão além de capturar momentos; elas preservam sentimentos e memórias que o tempo não consegue apagar. O que a memória pode falhar em lembrar, a fotografia resgata com emoção, trazendo de volta olhares, sorrisos e histórias que moldaram quem somos.
Por que é tão importante mantermos nossos registros?
Porque a fotografia é o que mantém viva a essência de momentos que jamais voltarão. Ela preserva o que o tempo tenta apagar, criando um legado que atravessa gerações. Registrar é guardar emoções, é revisitar histórias e sentir novamente o que fez nosso coração bater mais forte.
Como foi seu ano de 2024?
Tive a imensa alegria de ser reconhecida com mais de 350 prêmios ao longo do ano.,Entre os destaques, celebro o 1º lugar em Fotografia de Família pela FineArt, o 1º lugar em Fotografia Newborn pelo Instinto Criativo, além de conquistas significativas como o 2º lugar em Fotografia de Parto, 2º em Fotografia de Estúdio e 2º em Fotografia de Família, pelo Instinto Criativo. Esses reconhecimentos são reflexos de muito esforço, dedicação e, principalmente, do amor que coloco em cada trabalho.
O que você aprendeu fotografando pessoas?
Fotografar pessoas me ensinou a enxergar além do que os olhos veem. Cada clique é uma oportunidade de capturar emoções e histórias. Aprendi que a empatia é essencial, que cada sorriso e olhar carrega significados profundos, e que a conexão entre fotógrafo e fotografado transforma imagens em memórias vivas.
O que é a fotografia na sua vida?
A fotografia é o meu coração pulsando em forma de arte. Ela é a ponte que me conecta a histórias, pessoas e sentimentos que merecem ser preservados. É através dela que transformo instantes em eternidade.
Quando minha filha Olívia nasceu, a fotografia ganhou um significado ainda mais profundo. Ela me ensinou que o tempo é breve e que cada momento vivido merece ser guardado com amor. Meu trabalho é meu legado para ela e para as gerações que virão.
A fotografia é minha forma de deixar no mundo uma marca de amor, conexão e memória. É meu presente para aqueles que confiam em mim e minha maneira de eternizar o que realmente importa: o amor.
