A devastação provocada pela enchente de maio de 2024 deixou um rastro de destruição nos campings tradicionais do Vale do Taquari. Dois espaços históricos que costumam atrair centenas de visitantes, o Camping do Germano, em Marques de Souza, e o Camping do Irio, em Travesseiro, buscam se reerguer após a destruição quase total de suas estruturas.
O objetivo agora, em 2025, é recuperar os espaços e oferecer aos turistas uma nova oportunidade de lazer durante o verão.
O Camping do Germano, administrado pela família Hepp em Linha Perau, foi um dos mais atingidos pela enchente do Forqueta. A história de 44 anos de dedicação e trabalho da família foi destruída em apenas 30 minutos, quando a água invadiu o local com força total. “Perdemos praticamente tudo, mas não vamos desistir”, afirma Marco Hepp, um dos responsáveis pela gestão do espaço.
Atualmente, a família trabalha para restaurar algumas das casas que ficaram intactas e melhorar as condições para manter o camping aberto até março. As árvores que antes proporcionavam sombra e aconchego aos visitantes foram arrasadas.
Assim como a área da família Hepp, em Linha Perau, outros três campings em Marques de Souza foram reabertos. Em todos eles, os danos e prejuízos financeiros foram significativos.
Inaugurado há 30 anos, o Camping da Pedra em Picada May ficou totalmente destruído. O prejuízo foi de R$ 2 milhões (Foto: divulgação)
“Recomeço difícil”
No Camping do Irio, a situação não é diferente. Em Travesseiro, na localidade de Picada Felipe Essig, o camping também sofreu graves danos. Cerca de 30 casas, além da cozinha e do espaço de recreação, foram completamente destruídas pela enchente. Herton Scherer, administrador do espaço, conta que o recomeço tem sido difícil, mas, com o apoio de voluntários e da comunidade, ele acredita que o camping poderá voltar a funcionar.
“O auxílio de quem vem nos visitar no verão tem sido essencial para a reconstrução. A área de sombra, que era um dos maiores atrativos do camping, também precisa ser restabelecida”, diz Scherer. Outro fator preocupante é a queda da ponte entre as duas cidades. Desde então, a alternativa de deslocamento é a travessia por uma ponte baixa construída em madeira e contêineres.
Herton Scherer em Travesseiro, proprietário do Camping do Írio, afirma que o recomeço é difícil (Foto: Gabriel Santos)
