Posse e escolha de presidente da Câmara não combinam

Opinião

Fabiano Conte

Fabiano Conte

Jornalista e Radialista

Posse e escolha de presidente da Câmara não combinam

A cerimônia de posse de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores é tradicionalmente marcada por um clima de celebração, emoção e renovação de esperanças. No entanto, quando esse momento é combinado com a eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores, o cenário festivo muitas vezes dá lugar a um clima de tensão e acirramento, especialmente em disputas mais polarizadas. Unir dois eventos com naturezas tão distintas pode prejudicar a solenidade da posse, que deveria ser um momento de união e celebração democrática.

A eleição da mesa diretora, por sua vez, demanda foco e estratégia, muitas vezes envolvendo disputas que não combinam com o caráter simbólico e emotivo do início de um novo ciclo político. A separação das cerimônias é um ponto a ser revisto para melhorar a experiência e o significado de ambos os momentos. Hoje, a legislação exige assim.

Polêmica e judicialização

Foto: reprodução

A eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Boqueirão do Leão transformou-se em um episódio lamentável que pode ser decidido na justiça. O processo, que deveria ser conduzido com respeito às regras e ao espírito democrático, foi marcado por controvérsias, acusações e um clima de desconfiança. Cinco vereadores, o ex-prefeito e o vice se retiraram da sessão solene de posse. A divergência ocorreu após a votação da mesa diretora, que elegeu como presidente a professora Dalvina Reginatto (MDB) que acabou anulando cinco votos dos opositores durante a eleição e se autodeclarou vitoriosa. Com isso, também, o ex-prefeito Jocemar Barbon (PL) não assinou a ata e o termo de transmissão de cargo ao próximo prefeito Paulo Joel (MDB). Em nota, os partidos PL e PDT que formaram a coligação derrotada, afirmam que irão tomar medidas judiciais por não concordar com o formato da votação.

Fiel da balança

O vereador Zique Selge, do Republicanos, tornou-se peça-chave no equilíbrio de forças da Câmara de Vereadores de Santa Clara do Sul. Apesar de seu partido ser alinhado à oposição, Zique votou na chapa da situação na eleição para a mesa diretora, causando repercussão na cidade. A decisão do parlamentar gerou questionamentos sobre sua posição política futura: ele continuará apoiando o governo ou retornará ao bloco oposicionista? A resposta pode moldar os rumos da Câmara e a governabilidade no município. Independentemente da posição que adotar, Zique reforça que projetos positivos para Santa Clara do Sul devem ser aprovados, destacando que o foco deve ser o desenvolvimento da cidade acima de disputas partidárias.

Agora secretária

Adriana Meneghini Lermen, que ocupava o cargo de vice-prefeita em Arroio do Meio, é a nova secretária da Educação de Forquetinha. A escolha marca o retorno de Adriana à área educacional no município, onde já atuou como diretora de escola. Adriana conta com a confiança do prefeito Vianei Noll e da vice-prefeita Inês Feil, que destacaram sua experiência na educação para a escolha. Adriana foi vice-prefeita de Danilo Bruxel nos últimos quatro anos, dupla que foi derrotada no pleito passado. Na foto, o prefeito de Forquetinha com seus novos secretários.

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