Ligação principal para a ponte metálica temporária sobre o Rio Forqueta, a rua Romeu Júlio Scherer abriu 2025 com um velho problema: a infraestrutura precária. O bloqueio no trânsito por conta de um caminhão atravessado sobre, durante a madrugada de ontem, a pista trouxe à tona a importância de investimentos para melhoria no fluxo de veículos no trecho.
A pavimentação da via, desde o bairro Olarias até o acesso à estrutura montada pelo Exército no ano passado, no bairro Planalto, é uma das prioridades da prefeita Gláucia Schumacher, que iniciou ontem a atuação no Executivo municipal. Há recurso disponível no Estado para custear a obra. Mas, para isso, será preciso esperar a entrega da nova ponte da ERS-130, prevista para 29 de março.
Segundo Gláucia, o município está pronto para abrir licitação assim que o recurso for liberado. A estimativa é que sejam investidos R$ 10 milhões na pavimentação da Romeu Júlio Scherer e também a estrada de Linha Umbu, do lado de Arroio do Meio, financiados pelo Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).
“Tivemos uma conversa preliminar com o Sidnei [Eckert, prefeito de Arroio do Meio] antes mesmo da virada de ano e vamos nos encontrar novamente para debater isso. Temos essa promessa do Estado para a pavimentação. Esperamos que [o recurso] saia logo. Estamos com tudo preparado para licitar a obra”, frisa Gláucia.
Acesso pronto
Conforme Gláucia, a pavimentação vai de encontro ao desejo do governo de Lajeado em criar mais ligações com o Arroio do Meio, diminuindo a dependência dos trajetos mais tradicionais, como a 130 e também a Ponte de Ferro.
“Mesmo que seja autorizada pelo Estado, não podemos parar com o tráfego de caminhões pesados. [A ponte do Exército] é a única forma deles fazerem esse trajeto. Então vamos esperar e deixar um novo acesso pronto para uma futura ponte permanente”.
A Romeu Júlio Scherer inicia no bairro Olarias, no cruzamento com a avenida João Goulart. Uma parte já é asfaltada. Hoje, são 1,9 quilômetro em chão batido. O trecho era pouco utilizada até a abertura em direção às margens do Rio Forqueta para possibilitar a instalação da ponte metálica.
Análise no RS
Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur), cita que analisou os projetos tanto da área de Lajeado quanto de Arroio do Meio e solicitou ajustes às administrações municipais. Os materiais foram reenviados. A expectativa é de que o processo seja concluído ainda este mês.
“Na segunda quinzena de dezembro, houve a devolutiva por parte dos municípios para nova análise. Os projetos serão apresentados ao comitê do Plano Rio Grande para captação do investimento após aprovação final da equipe técnica”, destaca, em nota. A pasta é comandada por Rafael Mallmann, ex-prefeito de Estrela.
Permanência
Mesmo com a construção de uma estiva, não há intenção de retirada da Ponte do Exército. A afirmação é do tenente-coronel de engenharia, Gustavo Humberto dos Santos Costa, comandante do 3º Batalhão de Engenharia de Combate de Cachoeira do Sul. Segundo ele, a intenção do Exército é manter a estrutura e a ligação alternativa até a conclusão da ponte definitiva na ERS-130.
O pedido de permanência da estrutura já havia sido uma solicitação de ambos os municípios. Em novembro, ambos governos haviam firmado um acordo para manter a estrutura. Em dezembro, a construtora Giovanella, contratada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), iniciou a construção da ponte baixa no local.
A estrutura terá como objetivo minimizar o tempo de deslocamento entre os motoristas e evitar o fluxo intercalado de veículos. O investimento do Estado foi de R$ 2 milhões.