A composição da câmara de Lajeado empossada nesta segunda-feira, 30, e a que inicia os trabalhos em 2025 são diferentes. Os eleitos: Luís Benoit (Meio Ambiente), Alex Schmitt (Planejamento) e Fabiano Bergmann (Obras) serão secretários municipais.
O caso mais simples é na bancada do PL. Benoit abre espaço para o Professor Ramatis, suplente com 579 votos. É no PP que o “quebra-cabeça” ainda não se encaixa. As duas vagas em aberto, em teoria, ficariam de Lizandra Quinot (774 votos) e Heitor Hoppe (761 votos). Porém, o governo gostaria de contar com a capacidade para articulação de Mozart Lopes, que é o quarto suplente, atrás ainda de Daia Bauer.
Hoppe e Lizandra não pretendem abrir mão da vaga e olha que o partido tentou convencê-los. Em política nada é definitivo, mas a não obtenção de espaço para Mozart na câmara frustra a ideia de uma proteção mais forte para a carga da posição, que sempre é contundente.
Visão estratégica, prefeitos!
Sabemos que gerir um município é uma tarefa complexa. Recursos limitados, o estado e o governo federal “repassando” cada vez mais atribuições e isso, claro, sabido por quem se candidata.
Mais do que aquelas ponderações típicas de início de mandato, uma tarefa fundamental é a visão macro. Um olhar regionalizado, com modelos de parcerias eficientes e a visão além da eleição de 2028.
O lembrete é que o eleitor está mais seletivo e não vê problemas em mudar caso entenda ser necessário. Estão aí os resultados de 2024 que deixaram decepcionados muitos políticos convictos em seus trabalhos.
Um dedo de prosa:
– O estado e o governo federal insistem que não faltam recursos para reconstrução do Rio Grande do Sul. Eleger deputados só será possível em 2026 (com gestão a partir de 2027). Uma alternativa seria aproveitar as influências de políticos do Vale e criar um gabinete/subseção em Porto Alegre e/ou Brasília para representar os interesses não de uma cidade, mas no cenário regional. O formato eu não sei, mas pode ser uma saída para aumentarmos representatividade.
– Inclusive pela credibilidade da instituição, o comando da Brigada Militar (BM) no Vale precisa explicar o que houve na polêmica abordagem registrada em vídeo no Centro de Lajeado e na condução da ocorrência em que um homem em surto psicológico foi morto em Encantado. A BM é fundamental para manutenção da ordem pública e garantia da segurança das pessoas. Em contrapartida, merece o respeito a ser assegurado para quem é autoridade.
– Sobre o plano de concessão de rodovias, além dos agentes públicos, é preciso dar protagonismo para iniciativa privada. As associações comerciais, empresários diretamente impactos pela tarifa de pedágio tem que ser ouvidos e com a atenção dedicada a quem movimenta a economia das cidades, região, estado e país.
– Atividade típica de final de ano, a câmara de Lajeado também teve sua confraternização. Foi na sexta-feira, 27, na casa do presidente Lorival Silveira. De acordo com a publicação que aparece na rede social oficial da Câ- mara de Vereadores de Lajeado, o momento foi de agradecimento, descontração e alegria.