Perspectiva de calor intenso e chuvas irregulares no Vale do Taquari

VERÃO 2024/2025

Perspectiva de calor intenso e chuvas irregulares no Vale do Taquari

Núcleo de Informações Hidrometeorológicas da Univates divulga boletim para a estação

Perspectiva de calor intenso e chuvas irregulares no Vale do Taquari
Ilustrativa para sol - Crédito - Lucas George Wendt - Unsplash
Vale do Taquari

O verão no Vale do Taquari, que iniciou oficialmente no dia 21 de dezembro de 2024, às 6h20min, promete trazer características marcantes da estação mais quente do ano. O Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Universidade do Vale do Taquari – Univates divulgou o boletim da estação, destacando os principais prognósticos para o verão no Vale do Taquari.

Com término previsto para o dia 20 de março de 2025, às 00h06, o período será influenciado por fatores climáticos que impactam diretamente as condições meteorológicas na região. Especialistas já alertam para temperaturas elevadas e um padrão de chuvas que pode trazer desafios aos moradores e setores econômicos.

Efeitos do La Niña fraco

Embora as condições oceânicas no Pacífico Equatorial indiquem um resfriamento do Oceano, o fenômeno La Niña ainda não se confirmou oficialmente. No entanto, os efeitos de uma possível La Niña fraca podem ser sentidos na região, contribuindo para a irregularidade das chuvas e mantendo as temperaturas altas. Essa neutralidade climática com tendência de resfriamento requer atenção, pois mudanças abruptas no clima podem ocorrer.

Chuvas: entre a escassez e episódios isolados

A expectativa é de que o verão apresente precipitações abaixo da média histórica para a estação, que é de 461,1 mm, conforme dados do NIH/Univates. Dezembro foi um mês com períodos mais secos, enquanto janeiro deverá registrar chuvas mal distribuídas, muitas vezes concentradas em curtos intervalos. Já em fevereiro, há previsão de pancadas de chuva mais frequentes, que podem superar a média histórica, mas ainda de forma isolada.

Ondas de calor

As temperaturas médias previstas para o verão no Vale do Taquari estão acima do padrão histórico. A previsão aponta para médias mensais em torno de 24,9°C, com máximas frequentemente superando os 31°C. As noites também serão quentes, com mínimas médias de 20,2°C, embora algumas manhãs amenas possam trazer alívio temporário. Eventos de ondas de calor curtas, mas intensas, estão previstos, aumentando o desconforto térmico e o risco de problemas de saúde relacionados ao calor. A recomendação é para que a população se mantenha hidratada e evite exposição prolongada ao sol nos períodos de maior intensidade.

Ilustrativa para chuva no verão – Crédito – Lucas George Wendt – Unsplash

Temporais

O verão traz consigo o aumento da ocorrência de tempestades localizadas, com ventos fortes, granizo e raios, características típicas das “chuvas de verão”. Esses eventos podem causar transtornos, como queda de árvores, alagamentos e interrupções no fornecimento de energia elétrica.

Como funciona a previsão do tempo do NIH?

A previsão do tempo é organizada a partir da compilação das informações disponíveis em diferentes portais de clima e tempo, além do acompanhamento de variáveis meteorológicas registradas pela estação meteorológica da Univates, de Lajeado, e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Para isso, o setor consulta as mais variadas fontes, como: imagens do satélite meteorológico GOES 16 e modelos numéricos disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), imagens de radar meteorológico divulgadas pela Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet), mapas de previsão do tempo do National Centers for Environmental Prediction (NCEP/NOAA) e do Windy.

O NIH

O Núcleo atua nas áreas de meteorologia e hidrologia. Suas atividades consistem no monitoramento de elementos meteorológicos e hidrológicos, elaboração da previsão do tempo e transmissão dessas informações para veículos de comunicação da região. O NIH também acompanha alertas meteorológicos e hidrometeorológicos emitidos pelos sites do Inmet, Inpe e Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Além disso, as variáveis meteorológicas obtidas pela estação meteorológica instalada no campus da Univates, em Lajeado, formam um banco de dados de mais de 20 anos, que pode ser utilizado tanto pelo público acadêmico quanto pelo privado.

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