Obra de estiva avança em meio às desconfianças com ponte da 130

LAJEADO-ARROIO DO MEIO

Obra de estiva avança em meio às desconfianças com ponte da 130

Passagem molhada sobre o Rio Forqueta pode ser liberada na primeira quinzena de janeiro. Enquanto isso, ritmo da construção de nova travessia na rodovia preocupa comunidade regional

Obra de estiva avança em meio às desconfianças com ponte da 130
Passagem molhada possibilitará o trânsito ininterrupto entre as duas cidades (Foto: Felipe Neitzke)

Enquanto a comunidade regional aguarda, com desconfiança, pela conclusão da nova ponte da ERS-130 dentro do prazo mais recente estabelecido – no fim de março –, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) avança na obra da estiva sobre o Rio Forqueta. A chamada “passagem molhada” será mais uma alternativa temporária na ligação entre Lajeado e Arroio do Meio.

Na manhã dessa sexta-feira, 8, os trabalhos no local indicavam a possibilidade de uma liberação da estrutura antes do tempo previsto. A presença de máquinas e trabalhadores da Construtora Giovanella foi intensificada mesmo em meio às festividades de fim de ano. A projeção é que, até 15 de janeiro, a ponte seja liberada para o tráfego de veículos.

Com 30 metros de extensão, a estiva tem 65 aduelas que formam 13 galerias de concreto armado com dois metros cada, formando um conjunto de cinco metros de largura. A pista de rolamento será composta por uma camada de um metro de espessura formada por blocos de rocha, enquanto o pavimento terá sub-base de rachão e base de brita graduada.

Essa estrutura vai servir para viabilizar a passagem de carros e também de caminhões pesados. O investimento, de cerca de R$ 2 milhões, foi viabilizado com recursos originários do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).

Assim que a estrutura for liberada, haverá alteração no fluxo da Ponte do Exército, montada a poucos metros. A travessia metálica vai funcionar apenas no sentido Arroio do Meio-Lajeado, enquanto a estiva terá tráfego ininterrupto nos dois sentidos.

“Além disso, é importante salientar que a nova passagem não interfere, de forma alguma, no prazo de entrega da nova pponte da ERS-130”, garante o diretor-presidente da EGR, Luís Fernando Vanacôr.

Medida emergencial

A construção de uma ponte baixa foi considerada pelo Estado como uma “medida emergencial”, sobretudo por conta dos congestionamentos na região. O estudo para a obra foi feito pela EGR, a pedido da Secretaria de Logística e Transportes do RS. O município de Arroio do Meio chegou a cogitar a elaboração de um projeto para execução da estrutura.

As obras da estiva iniciaram no dia 15, um dia após a manifestação ocorrida em Arroio do Meio, próximo ao local onde está sendo construída a nova ponte. O protesto reuniu centenas de pessoas, e teve como alvos principais o Estado, o governador Eduardo Leite e o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella.

Três meses pela frente

Após descumprimento do primeiro prazo, EGR projeta entregar ponte da 130 no dia 29 de março (Foto: Felipe Neitzke)

A construção da nova ponte da ERS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio, prevista para ser entregue no Natal de 2024, teve o prazo de conclusão alterado para 29 de março de 2025.

Entre os motivos que contribuíram para a prorrogação do prazo, estão a readequação do projeto executivo inicial e as dificuldades de lidar com o leito do rio. Elevações no nível do Forqueta, em junho e julho, prejudicaram o andamento dos trabalhos.

Ao todo, das 24 vigas, 16 já foram concretadas. Já as obras da cabeceira da ponte iniciaram no fim de novembro. Os trabalhos são executados pela Giovanella. O projeto prevê a elevação de 170 metros da extensão da via, que será alinhada à estrutura da nova ponte.

A construção da estiva

Foto: divulgação

15 de dezembro
– Início da obra, um dia após protesto
ocorrido às margens da ERS-130

17 de dezembro
– Chegada das primeiras galerias que irão compor a estiva

19 de dezembro
– Com clima favorável, Construtora
Giovanella inicia a preparação da bas

21 de dezembro
– Colocação das galerias é finalizada pela empresa

27 de dezembro
– Estrutura toma forma. Liberação
deve ocorrer até 15 de janeiro

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