Mercado inflacionado

Opinião

Ezequiel Neitzke

Ezequiel Neitzke

Jornalista

Coluna esportiva

Mercado inflacionado

O futebol amador, que por décadas foi palco de paixão e comunidade, hoje enfrenta um cenário curioso e desafiador: a inflação dos valores pagos aos atletas. Com o início dos campeonatos municipais, o tema que mais ecoa entre dirigentes, torcedores e jogadores é o preço de contratação. Os números impressionaram.

Há quem recebe R$ 200 por jogo, enquanto outros chegam a embolsar R$ 1,2 mil. Fatores como a localização do clube e o histórico de conquistas do atleta – como o título do Regional Aslivata – tornam essa disparidade ainda mais evidente.

Esse mercado inflacionado levanta uma antiga discussão: de quem é a responsabilidade? Do jogador que valoriza o trabalho e cobra pelo que acredita ser justo? Ou do dirigente, que, na ânsia de montar um time competitivo, aceita as exigências, muitas vezes além das possibilidades do clube? Talvez a resposta seja mais complexa, envolve a dinâmica do mercado local e as prioridades de cada clube.

Antes de mais nada, é importante esclarecer: não há problema em pagar atletas. O futebol amador evoluiu, e muitos jogadores enxergam nele não só uma paixão, mas também uma oportunidade de renda. Afinal, como diz um amigo meu, “pedir não ofende, se ganhar, é lucro.” No entanto, o ponto de alerta é no planejamento e na sustentabilidade das equipes. Clubes que gastam além da conta para brilhar no município, sem uma visão estratégica, podem comprometer a saúde financeira e, com isso, enfraquecer a própria base do esporte, ficando sem atividades por ano. Temos vários exemplos, só olhar para as competições e ver quem estará de volta em 2025 e quem ficou fora.

O ideal seria encarar o futebol amador como um projeto anual, e não sazonal. Os campeonatos municipais deveriam ser uma vitrine para o Regional Aslivata, funcionando como um laboratório para identificar talentos e estruturar a equipe ao longo do ano. Com essa abordagem, os clubes podem oferecer continuidade no esporte, facilitando a captação de patrocinadores e recursos. Essa visão de longo prazo não apenas reduz os custos por temporada, mas também fortalece a identidade e a competitividade da equipe.
O futuro do futebol de várzea está em nossas mãos – dirigentes, jogadores e torcedores. E a bola, como sempre, está rolando.

Jaque Weber conquista título de Mestra pela UFSM

A atleta do Praia Clube/Miller/Fila/CDA e da seleção brasileira Jaque Weber teve uma importante conquista fora das pistas na tarde dessa segunda-feira, 23. No mini-auditório da Centro de Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria, ela fez a defesa de sua dissertação intitulada “Transição de Carreira e Envelhecimento de Atletas Olímpicos Meio Fundistas de Atletismo”.

“Foi um momento muito especial. Dividir o tempo entre os treinamento, competições e a pesquisa foi um verdadeiro desafio, mas acredito que a resiliência que trago das pistas me ajudou a encarar mais este desafio. Assim como o tema de minha pesquisa, meu objetivo é estar mais preparada para o meu pós carreira”, destaca a atleta.

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