É preciso discutir  descontos – e rédeas –  ao Free Flow

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

É preciso discutir descontos – e rédeas – ao Free Flow

Além de lutar de forma incondicional pela redução das tarifas médias apresentadas na primeira modelagem do free flow, os líderes do Vale do Taquari precisam estudar e propor um sistema de descontos justo e sustentável para os motoristas que mais utilizam os trechos pedagiados. E não faltam exemplos Brasil e mundo afora. Aliás, há exemplos logo aqui ao lado, nos pedágios gerenciados pela Concessionária CSG, entre o Vale do Caí e a Serra Gaúcha. Por lá, os usuários das rodovias estaduais já pedagiadas com o sistema de cobrança automática e sem cancelas podem participar de programas de desconto no valor da tarifa. Além dos 5% do Desconto Básico de Tarifa (DBT), o Desconto de Usuário Frequente (DUF) possibilita reduções graduais maiores dos valores, conforme o número de passagens, e que podem chegar a 15% (considerando só ida e não a volta).

Há muito a ser debatido com relação ao inovador sistema de cobrança sem cancelas e filas. E os programas de desconto e valores médios das tarifas serão legalmente definidas no edital de licitação, é claro. Mas, e pensando ainda mais além da curva, alguns empresários da região demonstram preocupação com os limites do free flow. No caso, eles não querem permitir brechas para que, em um futuro talvez nem tão distante, os próximos gestores municipais optem por modelos semelhantes em vias municipais. “É preciso rédeas ao free flow”, brinca um influente empreendedor lajeadense. Talvez seja excesso de precaução. Mas, e diante de alguns poucos exemplos de pedágios internos em cidades brasileiras, nunca é demais evitar qualquer faísca. Até porque os governos já abocanham – todos os anos – alguns milhões com o nosso suado IPVA.

TIRO CURTO

– Prefeito eleito de Santa Clara do Sul, Márcio Hass (PP) anunciou os futuros responsáveis pelas secretarias de Administração e Fazenda, e também de Obras. No caso, as pastas serão assumidas por ele e pelo vice-prefeito eleito Claudir Bald (PDT), respectivamente.
– Prefeito em vias de encarar o segundo mandato em Encantado, Jonas Calvi (PSDB) convoca a comunidade para uma prestação de contas da atual gestão. O encontro ocorre nas segunda-feira, às 16h, no Auditório Brasil, na prefeitura municipal.
– Prefeito reeleito em Travesseiro, Gilmar Southier (MDB) pretende manter o mesmo quadro de secretários municipais em janeiro de 2025. Entre eles, o vereador eleito Marciano Markmann (PP), que foi Secretário de Obras. Ou seja, poderemos ter um novo nome no Legislativo municipal.
– Em Lajeado, o governo municipal suspendeu o a concorrência pública para contratação da empresa responsável pelas obras do “setor 01 do Parque Linear do Engenho”.
– O empresário Daniel Bergesch assume a presidência do Sinduscom/VT. Ele ocupará o lugar de Jairo Valandro, que assume em janeiro a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Agricultura de Lajeado, a Sedetag.

“Caneta” nos apressados!

Nesta véspera de feriadão, um importante aviso aos mais apressadinhos: motoristas que usam o acostamento da Freeway (BR-290) de forma deliberada começaram a ser multados com o uso de câmeras da CCR ViaSul. Na quinta-feira, por exemplo, a PRF já utilizou as imagens para identificar os infratores. E dezenas foram “caneteados”, já que a infração é registrada sem a necessidade de abordar fisicamente o motorista. Um movimento a ser intensificado durante o veraneio gaúcho.

Espelhos nas esquinas

Não se trata de inventar a roda. Pelo contrário. A dica é copiar o que já funciona em cidades do Brasil e do mundo. No caso, a sugestão é para o governo de Lajeado – e a quem mais interessar – instalar espelhos convexos de segurança nas esquinas onde existem os chamados “pontos cegos”. O objetivo é melhorar a visibilidade, já que a ferramenta permite um ângulo de visão de 90º.

Fiergs, Fecomércio e Farsul endossam pedido da Amturvales

“Aumentar a eficiência da malha ferroviária é um fator fundamental para garantir o crescimento do setor produtivo do Rio Grande do Sul”. É o que defendem as Federações do Comércio de Bens e de Serviços (Fecomércio-RS), das Indústrias (Fiergs) e da Agricultura (Farsul) do Rio Grande do Sul, em nota conjunta enviada ao Ministro dos Transportes do Brasil, Renan Filho. No texto, os presidentes Luiz Carlos Bohn, Cláudio Bier e Gedeão Pereira expressam profunda insatisfação com a possível renovação da concessão da ferrovia Malha Sul para a Rumo Logística, atual concessionária da região há 26 anos. As entidades apontam que os resultados são profundamente insatisfatórios: dos 3,1 mil quilômetros ativos em 1997, restam hoje só 1,6 mil.

Ainda de acordo com a nota, o atual modelo ferroviário da Rumo não atende de forma satisfatória as necessidades, o que torna necessária uma nova concessão que garanta a modernização da rede ferroviária gaúcha, com a implantação de ferrovias de bitola larga, com capacidade para atender médias e longas distâncias. “O Rio Grande do Sul não pode prescindir de uma malha ferroviária robusta, ativa e eficiente. É imprescindível e fundamental que o próximo ciclo de concessão garanta a realização de investimentos massivos.”, ressalta Bohn. O movimento endossa o pleito da nossa Associação dos Municípios de Turismo do Vale do Taquari (Amturvales), que luta pela retomada do Trem dos Vales (um produto turístico que movimentou milhões de reais nos últimos anos), e sugere uma parceria público-privada para que o Vale assuma a gestão da malha ferroviária local.

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