União libera R$ 16 milhões para estudos à Bacia Taquari-Antas

DIAGNÓSTICO

União libera R$ 16 milhões para estudos à Bacia Taquari-Antas

Recurso será gerido em conjunto com o Estado no Plano Rio Grande e servirá para mostrar quais obras estruturantes serão necessárias para mitigar danos das enchentes. Em todo o RS, serão aplicados R$ 6,5 bilhões

União libera R$ 16 milhões para estudos à Bacia Taquari-Antas
Ao todo, são 119 municípios que integram a Bacia Hidrográfica Taquari-Antas (Foto: Gabriel Santos/arquivo/A Hora)
Vale do Taquari

Publicada na terça-feira, 24, no Diário Oficial da União, medida provisória libera R$ 6,5 bilhões para obras de proteção contra enchentes no RS. O recurso será depositado no Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). Os primeiros editais devem ser lançados no começo de 2025, projeta o governador Eduardo Leite.

Entre os projetos que serão contemplados com os recursos federais, estão o que contempla a Bacia Hidrográfica do Taquari-Antas com um diagnóstico sobre cheias. Serão R$ 16,1 milhões para o termo de referência para contratação de estudos preliminares, anteprojeto, estudos e relatórios de impacto ambiental e projetos básicos e executivos de engenharia.

A expectativa é que, em janeiro, o conselho do Plano Rio Grande se reúna para detalhar a aplicação dos recursos nos projetos que serão executados com a verba federal. Representantes do Vale do Taquari também devem ser chamados.

Os estudos de obras estruturantes e não estruturantes para a bacia hidrográfica são consideradas prioridades para o comitê, que reúne diferentes atores e representantes de entidades ligadas aos 119 municípios que integram a unidade.

“Isso vai desde o diagnóstico, levantamento ambiental, até os licenciamentos para poder encaminhar A licitação e fazer a obra. É um projeto que a Sedur [Secretaria de Desenvolvimento Urbano do RS] encaminhou para o governo federal para receber esse recurso”, lembra a presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cintia Agostini.

Futuras etapas

Embora o recurso obtido não financie obras estruturantes, Cintia considera um trabalho fundamental para as futuras etapas. A partir da conclusão destes trabalhos e a identificação dos principais gargalos, segundo ela, será possível avançar no processo, visto que a bacia, a maior do país em número de municípios, é considerada complexa.

“O recurso vai nos entregar todos os projetos, as avaliações ambientais, os diagnósticos, com todos os licenciamentos necessários. Tudo o que precisa e não precisa. A obra vai ser depois, com recursos do Funrigs, para a bacia inteira”, destaca.

Mapeamentos poderão apontar, por exemplo, onde é possível fazer uma barragem de contenção, ou outras estruturas que possam mitigar danos de eventuais cheias. “E quem vai coordenar isso é a Secretaria de Desenvolvimento Urbano”.

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