Com a virada do ano, os inscritos no programa habitacional “Compra Assistida” precisam acelerar a procura por um novo lar. O prazo para indicar um imóvel a ser adquirido com recursos do governo federal encerra em 15 de fevereiro. A modalidade assegura uma nova moradia de até R$ 200 mil para as famílias desabrigadas pela enchente de maio. Em Lajeado, são 98 cadastros habilitados.
O andamento do programa no município foi tema de reunião nessa quinta-feira, 26, no ginásio Nelson Brancher (Claudião), onde participaram cerca de 50 famílias, técnicos da CEF e representantes dos governos municipal e federal.
Conforme o líder da casa de governo no RS, Maneco Hassen, os encontros servem para atender as especificidades de todos os casos e fomentar o aproveitamento de recursos voltados ao programa. “Digo que o 2025 será o ano da moradia no Rio Grande do Sul. Devemos entregar 20 mil imóveis ano que vem pelo Compra Assistida ou empreendimentos que o governo autoriza a construção, como 246 em Lajeado, 100 em Estrela e 80 em Encantado”, especifica.
As diretrizes do modelo de auxílio na área habitacional garantem o pagamento do imóvel e toda a escrituração para os futuros moradores.
“R$ 200 mil é o limite”
Conforme os beneficiários, um dos empecilhos mais recorrentes é a falta de opções que se enquadrem no programa em função do valor. De acordo com Rafael Forace, representante da Caixa na reunião desta quinta-feira, qualquer complemento financeiro inviabiliza a contemplação. “R$ 200 mil é o limite. Ultrapassar este valor caracteriza uma fraude e não se enquadram no modelo”, alerta.
Dos 98 cadastrados, a avaliação é que a maioria ainda não possui uma casa ou apartamento escolhido. O prazo encerra em 15 de fevereiro para os cadastros vinculados ao sistema.
Os que não encontrarem uma opção, não ficam desassistidos. Eles perdem a opção de escolha e são direcionados diretamente a imóveis construídos pelo município em áreas aprovadas no Conservas, Conventos, Jardim do Cedro, Morro 25, Santo Antônio e Igrejinha. “Outra sugestão também, é destacar que poderão ser escolhidos imóveis em qualquer município do Estado dentro desse prazo”, complementa o especialista da CEF.
Entre as pessoas que ainda não tem a futura moradia assegurada em Lajeado está o senhor Paulo Roberto Dos Santos. Ele percorre imobiliárias e está em contato com proprietários de casas para encontrar o novo lar. “Está muito difícil, os valores estão muito elevados nas imobiliárias. Caso eu não consiga, espero ganhar a casa nos outros programas da prefeitura”, afirma o homem de 58 anos que residia no bairro Hidráulica até a enchente.
Superar a burocracia
Situação diferente é a de Adão Santos, 53 anos, que já indicou a casa para Caixa Econômica Federal, dentro do valor estipulado. “Moro em Lajeado desde 2011 no bairro Conservas e perdi a casa desta vez. Eu sabia de um homem que tinha casa pra vender e consegui rápido, agora é esperar o banco liberar”.