A Casa de Governo, sob a liderança de Maneco Hassen, traçou metas ambiciosas para o ano de 2025, focadas em acelerar o processo habitacional, garantir recursos e implementar obras de proteção nas regiões metropolitanas. O objetivo é concluir projetos de infraestrutura essenciais para a recuperação do Rio Grande do Sul, especialmente nas áreas mais afetadas pelas enchentes de 2023.
Hassen destaca que, para o Vale do Taquari, está em andamento um estudo que conta com R$ 16 milhões em investimentos, fruto de uma parceria com o governo estadual. Mais de mil planos de trabalho estão sendo executados nos municípios atingidos pelas inundações, com recursos de quase R$ 2 milhões. “Cada plano desse é uma obra, um restabelecimento que esses municípios vão executar, e a maioria dessas ações ficará para 2025”, afirma.
Além das principais iniciativas voltadas para moradia e proteção, ele ressalta a continuidade do trabalho iniciado na secretaria de Apoio à Reconstrução e, agora, Casa de Governo, que são estruturas provisórias criadas para enfrentar a situação excepcional das enchentes. Esses cargos, segundo ele, são temporários e irão gradativamente ser reduzidos à medida que os trabalhos de recuperação diminuem. Atualmente, a Secretaria de Apoio à Reconstrução conta com 30 colaboradores, mas, a partir de agora, a Casa de Governo operará com uma equipe reduzida de 10 a 12 pessoas.
O vice-prefeito de Taquari, Ramon de Jesus é um dos nomes cogitados para integrar a Casa de Governo como diretor de Relações Funcionais, com a missão de estreitar o diálogo com os municípios e apoiar na execução dos planos de trabalho da Defesa Civil.
Avanços no processo de recuperação e habitação
Sete meses após as enchentes, o governo federal já repassou aproximadamente 58% dos recursos previstos para a recuperação do estado, somando cerca de R$ 60 bilhões. Esse montante já foi destinado ao RS, e ainda há continuidade nos repasses. Para a área de moradia, por exemplo, estão previstos R$ 6 bilhões para novos lares, recursos que deverão ser utilizados ao longo de 2025.
Outra área de grande investimento é a proteção aos diques da região metropolitana, com R$ 6 bilhões garantidos para o fundo de obras, a serem depositados até o final de 2024. Com esses investimentos, Hassen acredita que o estado alcançará um crescimento econômico superior ao do Brasil, com geração de empregos e recuperação da economia.
Auxílio reconstrução e novas moradias
A recuperação social também se reflete nos repasses do Auxílio Reconstrução. Até o momento, mais de R$ 5,1 mil foram pagos a mais de 419 mil famílias em todo o estado. Na região, mais de 15 mil famílias foram beneficiadas, totalizando R$ 75 milhões. O programa tem contemplado principalmente famílias unipessoais, que representam 50% dos pedidos. No entanto, Hassen destaca que a análise detalhada dos casos tem tornado o processo mais lento.
Com o avanço do programa, R$ 2,2 bilhões já foram pagos, e ainda há recursos em análise. A expectativa é que até o final do ano, cerca de 30 mil novas famílias sejam atendidas, alcançando um total de 450 mil famílias beneficiadas – quase o dobro da previsão inicial de 250 mil.
Em relação à habitação popular, Hassen ressalta que a expectativa é autorizar cerca de 3 mil novas moradias até o final de 2024, com entrega de casas e assinatura de novos contratos sendo realizados. Ele reforça o compromisso de garantir a entrega de novas casas todas as semanas, mas reconheceu que o processo ainda enfrenta desafios, como problemas de documentação, o que tem gerado atrasos.
“Além da compra assistida, que não será suficiente para atender toda a demanda, estamos autorizando a construção de novos empreendimentos habitacionais para acelerar o processo”, conclui Hassen.
Com o apoio contínuo do governo federal e o empenho das autoridades estaduais, a Casa de Governo segue como uma das principais estruturas de apoio à recuperação e reconstrução do Rio Grande do Sul, com foco na habitação, proteção e recuperação econômica.
Acompanhe a entrevista na íntegra