Quando surgiu o interesse pelo esporte?
Pratico skate desde os meus 5 anos, quando um amigo do meu pai emprestou o skate e meu pai mostrou uma manobra básica e eu fiquei impressionado. Queria aprender a fazer e, a partir desse momento, surgiu o interesse. Tentei outros esportes, mas a minha paixão sempre foi o skate. Foi amor à primeira vista.
Como foi para você se tornar um campeão?
Então, nunca foi fácil. Sempre com muito treino e me dedicando bastante, todo dia com o skate no pé, principalmente em 2022, sempre que tinha o campeonato a gente ia para pegar experiência, encontrar os amigos. Não é só a prática de você estar ali. A gente diz que 50% a manobra é no pé e os outros 50% é a mente. Tem que estar interligado.
Quais cidades e estados que já participaste de competições?
Já fui competir em praticamente todo o Rio Grande do Sul. Fui campeão paranaense na categoria Sub-12 no ano passado, campeão gaúcho e quarto colocado no catarinense, sub-12 também. Fiquei em nono lugar no brasileiro. Ano passado fui para Belém todo preparado, mas tive uma fissura no dedo do pé três dias antes do campeonato. Competi na dor, mas valeu a pena. Infelizmente não consegui dar as manobras e acabei ficando em nono, ficando fora da final.
Como é tua rotina de treinos?
Eu treino todos os dias. Muitas vezes em casa. Apesar de morar em Arroio do Meio, por não ter uma pista com estrutura adequada, acabo vindo para a pista de Lajeado. Além disso, faço academia duas vezes na semana e cuido um pouco da alimentação. É preciso ter uma preparação física para alcançar bons resultados, afinal, as competições exigem bastante preparo.
Como concilia o esporte com os estudos?
Os estudos ficam em primeiro lugar. Vou todo dia para a escola de manhã, minha mãe é professora e exige que eu priorize os estudos. Depois da aula, vou andar de skate.
O apoio da família é importante para você?
Com certeza. Eles me apoiam muito. Todo lugar que eu vou, sempre me motivam e dizem que é para eu continuar, sempre estão comigo. O pai Anderson é o meu fiel escudeiro, meu treinador e videomaker. Quando meu pai não pode me acompanhar e minha mãe Francieli faz questão, nunca me deixam sozinho.
Como a família faz com as despesas para participar das competições?
A viagem para Natal conseguimos por meio de patrocínio. Mas não tenho um patrocínio mensal. Algumas empresas ajudam a custear as viagens. Além disso, eu vendo algumas premiações que não me servem, como tênis com tamanho maior, camisetas e esse valor guardo na minha conta bancária que vai servir lá na frente para pagar alguma despesa.
Acabou o campeonato brasileiro, o que o João vai fazer agora?
Como já passei de ano, agora é só comemorar e descansar para depois das festas de natal e Ano Novo, voltar à rotina de estudos e treinos. Quero me preparar e esforçar ao máximo para subir de categoria, competir com os maiores.
O João se inspira em alguém?
Minha grande inspiração é a Raíssa Leal. Depois o Giovanni, o Kelvin, Felipe Gustavo, Nelson, Daivid. Nossa, muita gente que não vai dar para listar todo mundo. Mas pretendo conseguir chegar até o nível deles. Com perseverança, foco e determinação, vou chegar lá.