Mais perigoso que se aventurar na montanha

Opinião

Miguel Lucian

Miguel Lucian

Mais perigoso que se aventurar na montanha

É chegado mais um final de ano e, junto com as inúmeras confraternizações dos diversos grupos que participamos, surge também aquele sentimento de reflexão tão característico a esse período. Além de traçar metas para o próximo ano, também costumamos nos avaliar em relação aos últimos doze meses.Diversas perguntas invadem nossos pensamentos:

Fizemos o que nos propusemos?
Alcançamos nossas metas?
Passamos mais tempo de qualidade com a família?
Viajamos tanto quanto gostaríamos?
Conseguimos guardar o dinheiro que planejamos?
Voltamos à academia?
Fomos promovidos?

Espero que você que está lendo o texto tenha mais avaliações positivas do que negativas sobre as suas expectativas e conquistas nesta última volta ao redor do sol.

A grande maioria das pessoas que conheço tem por hábito fazer planos e traçar metas para o seu ano novo. E pensando sobre as que foram feitas para este ano que se encerra é que faço a seguinte reflexão:

Gosto de imaginar cada uma dessas metas – ou resoluções, como preferir chamar – como montanhas a serem escaladas. O cume, logicamente, é a realização, a missão cumprida e onde pretendemos chegar.

Cada um de nós escolheu a sua montanha e, baseado nos conhecimentos e experiências de vida, determinou um caminho para buscar o topo. Sabemos que nem tudo dependeu exclusivamente de nós.

As condições climáticas não são controláveis, e mesmo que elas tenham nos desafiado, retardado o nosso avanço e possivelmente nos feito pensar em desistir, também nos deixaram mais fortes e mais preparados para seguir em busca de onde ainda pretendemos chegar.

Não estivemos e nem estamos sozinhos nessa busca e, tanto quanto as condições climáticas, também não temos controle sobre os outros e a forma com que interferem em nosso caminho. Cada um tem seus recursos, ferramentas e estratégias, comparar-se tem o poder de reduzir o mérito e a motivação. Talvez aquele que está em um ponto mais alto tenha saído antes ou esteja parado há algum tempo.

É possível que alguma das montanhas não tenha sido “vencida” por completo nesse período. Aquelas mais altas e mais complexas exigem mais e são menos previsíveis.

Mesmo assim podemos olhar para trás e identificar marcos que foram alcançados e que indicam a evolução da escalada. Assim percebemos e nos mantemos motivados na busca do objetivo maior.

O passo mais importante da jornada é o primeiro e o segundo mais importante é o próximo. Cada passo à frente nos deixa mais próximo do topo e se ainda não chegou onde gostaria, podemos comemorar por estar cada vez mais distante do ponto de início!

Talvez já estejamos onde muitos gostariam de chegar e muitos sequer chegarão um dia. Há que se valorizar todas as conquistas, inclusive as pequenas e sobretudo as nossas.

Espero que essa reflexão nos faça visualizar e comemorar cada passo dado nas escaladas de 2024 e, da mesma forma, planejar novas montanhas para o ano seguinte.

Afinal, mais perigoso que se aventurar nas montanhas é se acomodar na base delas.

Que tenhamos todos um ótimo final de ano repleto de bons momentos e próximo de quem amamos!

@miguel.lucian
@vamo.movimento

Acompanhe
nossas
redes sociais