Com o objetivo de recuperar o acesso e restabelecer a qualidade de vida dos moradores de comunidades do interior, a CIC Vale do Taquari, em parceria com o programa Reconstrói RS, governos municipais e algumas empresas, está construindo dez pontes.
O presidente da entidade, Ângelo Fontana, destaca que as empresas parceiras doaram a parte metálica, que corresponde a 23% do investimento, enquanto o Reconstrói RS contribuiu com 70% do valor necessário. Os 7% restantes foram custeados pelas prefeituras. Segundo ele, graças à gestão eficiente dos recursos e das obras, há uma perspectiva positiva. “Estamos conseguindo avançar muito bem e acredito que sobrará dinheiro para investir em uma ou mais pontes.”
Entre as obras mais adiantadas, ele cita as pontes nos municípios de Pouso Novo, Putinga, Ilópolis e Doutor Ricardo. Amanhã, o presidente irá inspecionar as obras da região alta, incluindo os municípios de Travesseiro e Coqueiro Baixo. As estruturas, feitas em alvenaria com passagem metálica, terão capacidade para suportar até 45 toneladas. Cada ponte terá até 12 metros de extensão, com pista de via única.
Plano de concessões do Bloco 2
O governo estadual finaliza a modelagem do plano de concessões do Bloco 2, que inclui as rodovias ERSs 128, 129, 130 e 453, abrangendo trechos da região. O presidente da CIC Vale do Taquari, Ângelo Fontana, afirma que a privatização é aguardada há muito tempo, pois permitirá melhorias na infraestrutura e na trafegabilidade, com obras que o estado ou a EGR não têm conseguido realizar.
Fontana acredita que a iniciativa foi motivada pela pressão dos cidadãos sobre o governo. No entanto, ele ressalta a importância da continuação de intensos debates entre os responsáveis e a comunidade, buscando o melhor consenso para atender ao Vale e resolver os problemas existentes.
Sobre os questionamentos em relação aos trechos que atualmente não possuem pedágios, ele comenta que “quem não está pagando hoje começará a pagar, mas com um custo proporcional ao trecho utilizado. Não vejo isso como um problema, porque teremos a possibilidade de implementar o melhor plano de concessão do estado. Cabe a nós realizarmos a organização”, explica o presidente.