Plano de concessões estabelece 244 km de duplicações

Opinião

Filipe Faleiro

Filipe Faleiro

Jornalista

Plano de concessões estabelece 244 km de duplicações

O Governo do RS anunciou a modelagem da concessão do Bloco 2 de rodovias, que inclui estradas no Vale do Taquari e da região Norte. O projeto prevê investimentos de R$ 6,7 bilhões ao longo de 30 anos, com aporte inicial de R$ 1,3 bilhão do Executivo Estadual via Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). A concessão abrange sete rodovias, um total de 415 km, com duplicações, terceiras faixas e adoção do sistema de pedágio por fluxo livre (free flow).

Serão 24 pontos de cobrança free flow. O modelo promove uma cobrança proporcional ao trecho percorrido, com tarifa estimada em R$ 0,23 por quilômetro, devido ao aporte do governo estadual de R$ 1,3 bilhão. Sem essa contribuição, o custo seria de R$ 0,32/km.

A modelagem contempla a duplicação de 244 km, 101 km de terceiras faixas, 323 km de acostamentos, 73 km de marginais e 43 passarelas de pedestres, além de serviços como socorro médico e mecânico 24 horas e monitoramento por câmeras.

Foto: divulgação

Entre os destaques estão a construção de 16 pontes em cota elevada e o reforço de camadas drenantes nas duplicações. Todas as rodovias administradas hoje pela EGR são de pista simples e passarão por obras de ampliação, com investimentos concentrados nos primeiros 10 anos da concessão, quando serão aplicados R$ 4,5 bilhões.

Cronograma de obras

As duplicações começam no terceiro ano da concessão, com trechos nas rodovias ERS-135, ERS-324 e RSC-453. O pico de obras ocorre no quinto ano, com 46,7 km de duplicações, seguido de intervenções mais espaçadas até o 18º ano. No total, as obras devem atingir 344 km de melhorias, incluindo duplicações e terceiras faixas.

Consulta pública e licitação

A próxima etapa é a abertura de consulta pública para receber sugestões e críticas. O edital de licitação está previsto para o primeiro semestre de 2025, com o leilão realizado na B3, em São Paulo. O critério para definir o vencedor será a combinação entre menor aporte público e maior desconto tarifário.

Conselho de usuários

Está prevista a criação de um Conselho de Usuários para monitorar, fiscalizar e sugerir melhorias à concessionária, além de dialogar sobre a viabilidade de investimentos adicionais.
A modelagem do Bloco 2 segue o exemplo de outras concessões estruturadas em parceria com o BNDES e representa um passo estratégico na modernização da infraestrutura rodoviária do estado.

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