“A imagem é potência”

ABRE ASPAS

“A imagem é potência”

Lidiane Mallmann, 43, é uma premiada fotojornalista, atuante no Vale do Taquari e em Barcelona. Natural de Cruzeiro do Sul, consolidou a carreira em veículos de comunicação de Lajeado e aprimorou a habilidade na Espanha, onde mora atualmente. O fotojornalismo é uma área do jornalismo que utiliza imagens para contar notícias, combinando fotografia e jornalismo. Lidiane iniciou em 2005, como fotojornalista na sucursal Zero Hora. Recebeu 7 prêmios estaduais de jornalismo, todos na categoria fotografia. Na Espanha, ela fotografa famílias, cenários internacionais e profissionais europeus. Suas fotos emolduram quadros com exclusivas de paisagens da Europa, vendidas para todo o Brasil, por meio de uma loja, a Requadre

“A imagem é potência”
Foto: arquivo pessoal

Como você se encaminhou para o fotojornalismo?
Sou formada em Jornalismo, mas a disciplina que mais me encantou foi justamente a cadeira de 2000, a gente fazia fotografias impressas no laboratório de fotografia, e aquela experiência de ver surgindo no papel branco a imagem foi muito mágica para mim, eu gostei muito dessa experiência. Depois de formada, tive a sorte de conseguir, na minha segunda matéria, já colocar uma foto na capa na Zero Hora.

Você possui experiência internacional na área da fotografia, de que forma evoluiu essa sua carreira?
Essas experiências, elas sempre me trouxeram muita vitalidade, para continuar o meu trabalho, muito entusiasmo. Então, eu acho a fotografia me escolheu. Mas agora com o decorrer do tempo, eu acho que eu escolhi a fotografia. Tudo o que eu faço, todas as coisas que eu estudo, sempre me trazem muito entusiasmo. Escolhi a fotografia como propósito de vida. Hoje eu moro em Barcelona, na Espanha, e trabalho com fotografia de família, de casais, de marcas, fotos profissionais, e atuo em vários nichos da atuando como fotógrafa.

Como você enxerga a evolução da fotografia?
Todas as tecnologias da evolução da fotografia me ajudam muito, ajudam todos os profissionais a desenvolver cada vez mais, a retratar a vida de uma maneira muito nítida e muito rápida. Eu vejo a evolução da fotografia muito potente, mas nós, enquanto profissionais e fotógrafos, precisamos estar atentos às mudanças.

Estamos perdendo o hábito das fotos impressas?
Eu acho que não estamos perdendo o hábito, estamos cada vez mais usando a máxima potência da fotografia, tanto em redes sociais, a fotografia, o audiovisual como um todo está nos ajudando muito a nos reconhecer enquanto sociedade, enquanto cultura, porque eu consigo retratar a minha vida, eu consigo ver o que as pessoas estão fazendo, porque elas estão fotografando, estão usando a foto, é ter a sua história retratada, impressa os meus clientes de família. Minha família, todos querem fotos impressas, querem guardar. A tecnologia agrega valor e ajuda a guardar nossa história.

Nós conseguimos tirar proveito total, tanto da fotografia impressa, quanto das fotos armazenadas na nuvem, no celular ou no Instagram. O que me deixa feliz é que, as pessoas hoje, têm muito mais contato com imagens.

A fotografia pode mudar a forma como vemos o mundo?
Sim, com certeza. Somos seres sociais, vivemos em sociedade e aprendemos muito com os outros. Eu sempre digo que a imagem é potência. Então, uma fotografia, ela pode denunciar, ela pode mudar as coisas, uma fotografia bem feita. Então, eu acho que sim, que a fotografia muda a forma como vemos o mundo porque ela nos mostra. Então, a gente começa a amplificar nossa percepção de mundo.

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