A poucos dias do fim de seu mandato, o prefeito de Cruzeiro do Sul, João Dullius (MDB), fez uma análise dos quatro anos de governo. Ele considera que, apesar das situações atípicas, como a crise humanitária e as catástrofes climáticas, o sentimento é de dever cumprido com a comunidade, mas com a consciência de que, se não fossem os contratempos, poderia ter feito mais.
O governo, que começou em 2021 no contexto da pandemia de Covid-19, exigia dos gestores municipais conformidade com as medidas adotadas pelo Estado e pela União, o que Dullius considera que deixou os gestores municipais de mãos atadas.
Na sequência, fortes temporais atingiram o município, causando inúmeros estragos na área rural e urbana, seguidos por uma estiagem histórica e, alguns meses depois, cheias que devastaram bairros inteiros de Cruzeiro do Sul. “Foi um mandato de muitas calamidades, com períodos que exigiam decisões céleres, mesmo com a incerteza”, comenta.
Entre os destaques das obras públicas realizadas, ele menciona as rótulas da ERS-453, a instalação de videomonitoramento, que contribuiu para a diminuição do índice de criminalidade, a construção de novas escolas e a isenção do IPTU para os atingidos pela cheia.
Em relação ao fechamento das contas, acredita ser possível entregar o mandato com saldo positivo, mesmo com os grandes investimentos direcionados à reconstrução.
Construção de novas casas
Na próxima sexta-feira, 20, o governo municipal poderá fazer a entrega de 30 casas temporárias com a presença do governador Eduardo Leite, entretanto para concretização falta a instalação de água e esgoto.
Ele destaca que 30 famílias continuam em abrigos, mas que estes recebem assistência social de maneira adequada e que o número tem diminuído conforme a disponibilidade de aluguel social.
O prefeito também ressaltou que recentemente o governo adquiriu uma área de 43 hectares no bairro Cascata, próxima à Lasesa. “É uma área grande e segura, com cerca de 400 terrenos, que em breve será liberada, e o próximo prefeito poderá dar continuidade”, destaca. Segundo ele, a região foi escolhida devido à proximidade cultural e familiar que os desabrigados têm com a localidade.
Dullius também menciona a construção de 95 residências no bairro 15 de Novembro, 26 no loteamento popular e mais 50 nas proximidades da ERS-453. “Terá espaço para todos”, finaliza.
