Nessa quinta-feira, 12, a CIC Teutônia promoveu a nona e última edição do Almoço Empresarial em 2024. O tema Cenários e Perspectivas para a economia foi apresentado pelo Economista e Doutor em Economia Aplicada André Nunes de Nunes.
O palestrante analisou os principais indicadores da economia, o momento do ciclo econômico global e os reflexos na economia brasileira. Também foram apresentados cenários e perspectivas para os principais mercados e variáveis econômicas e financeiras.
Cita que o dólar voltou a valorizar, limitando os efeitos do diferencial de juros sobre o Real. “Tivemos uma mudança mais significativa a partir de abril, principalmente com os cenários de incerteza que se encontra no Brasil para os próximos anos.”
Nunes destaca que o pacote apresentado pelo governo é insuficiente para garantir a sustentabilidade do arcabouço nos próximos dez anos. ”Mesmo que melhor a situação das contas públicas no curto prazo, pacote é insuficiente para garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal num prazo de 10 anos”, afirma.
O economista explica que o desafio de fazer medidas de cortes de gastos é maior quando a aprovação do governo não é elevada. “Com a eleição chegando perto, é difícil tomar decisões e isso faz com que o mercado não veja com bons olhos.”
Sobre a taxa de inflação, Nunes destacou que o ela está baixa, mas persistente acima da meta. “A inflação deve fechar 2024 e 2025, em 4,8%. Para o longo prazo trabalhamos com o IPCA abaixo de 3,5%”
Comenta que as ações que o Banco Central determina terá reflexo seis trimestres para frente, ou seja, a projeção é de chegar em 3,14% no quarto trimestre de 2026. “A taxa de juros mais elevada vai atuar na carteira de crédito.”
Dados positivos
Nunes aponta que o crescimento surpreende desde o fim da pandemia, mas ociosidade está se esgotando e pressões inflacionárias aparecem. “A partir de abril teremos uma economia que vai refletir esses juros mais elevados. A expectativa é de termos um crescimento de PIB em 1,8%”
Rio Grande do Sul
Nunes destaca que a economia do RS é muito afetada por períodos climáticos como estiagens e enchentes. “Apesar da enchente, teremos um crescimento de PIB em 3,8% e para 2025 será de 3%”.