Mais de 11 anos após a primeira denúncia, o Ministério Público (MP) voltou a identificar um esquema de fraude e adulteração no leite, envolvendo a adição de soda cáustica e água oxigenada. A 13ª etapa da Operação Leite Compensado foi deflagrada na manhã desta quarta-feira, 11, com ações realizadas em Taquara, Parobé, Três Coroas, Imbé e São Paulo.
O principal alvo da operação foi a empresa Dielat Laticínios, em Taquara, no Vale do Paranhana. No total, cinco pessoas foram presas. Uma funcionária da empresa foi detida em flagrante ao tentar avisar colegas sobre a operação e orientar a ocultação de provas.
O diretor da fábrica foi preso em casa, também em Taquara. Contra ele já havia um mandado de prisão, mas ele também foi detido em flagrante por posse de uma arma com numeração raspada.
A operação teve início às 6h40min, no momento de troca de turno dos funcionários, horário em que, segundo as investigações, as fraudes eram realizadas. Além da sede da empresa, os agentes cumpriram mandados em residências dos investigados.
De acordo com o MP, a adulteração incluía a produção de leite, leite em pó e soro, com a adição de substâncias prejudiciais à saúde, como soda cáustica e água oxigenada. A ação foi conduzida pelas Promotorias de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre e de Defesa do Consumidor.
Esta é a primeira operação do tipo registrada no RS desde março de 2017. As investigações seguem em andamento para apurar o envolvimento de outros suspeitos.