De uma jornada pessoal a um espaço de acolhimento

O MEU NEGÓCIO

De uma jornada pessoal a um espaço de acolhimento

Clínica Novo Começo possui um complexo de recuperação para dependentes químicos que une ciência, amor e humanização

De uma jornada pessoal a um espaço de acolhimento
Paula Garibotti participou do programa “O Meu Negócio” dessa segunda-feira, 9. (Foto: Deivid Tirp)
Lajeado

A Clínica Terapêutica Novo Começo nasceu de uma história marcada por amor, perseverança e a determinação de uma mãe em resgatar o filho da dependência química. Criada por Paula Garibotti, a clínica é fruto de uma experiência pessoal transformadora, uma vez que surgiu do desafio de ajudar seu primogênito, Eduardo, a vencer o vício. Para isso, ela deixou a rotina como professora e catequista para se dedicar integralmente à cura do rapaz.

“Eu me afastei de tudo para encontrar o caminho da recuperação. Não escondi o problema, encarei de frente”, relembra. Paula conta que o processo foi árduo e revelou a ausência de um espaço que oferecesse um atendimento humanizado e integrado para os dependentes. “Foi difícil encontrar um lugar que desse certo para o perfil dele. Ao invés de ficar deitado esperando o tempo passar, o Eduardo precisava de mais abordagens”.

Após encontrar apoio em uma comunidade terapêutica e superar a dependência química, Eduardo decidiu criar um espaço semelhante em Encantado. Com o apoio de Paula, iniciou-se então a estruturação do projeto que deu origem a Clínica Terapêutica Novo Começo.

“Todo nosso trabalho é sempre embasado em evidência científica. Há uma equipe técnica especializada e multidisciplinar formada por psiquiatra, plantonista, enfermeiros, psicólogas, nutricionistas, educador físico, assistente social, consultores em dependência química, e farmacêutica”, destaca Paula. A Clínica tem como diretor-técnico o médico psiquiatra, Fábio Vitória.

A estrutura

O empreendimento localizado na Barra do Jacaré está em atividade há quase uma década. O espaço era o antigo sítio da família, onde Eduardo passou boa parte da infância e adolescência. Localizada em uma ampla área verde às margens do rio Taquari, a estrutura foi planejada para oferecer um ambiente de acolhimento e tranquilidade.

Com campos de esportes, áreas de caminhada, piscina, capela e academia, o espaço incentiva atividades que aliviam o estresse físico e emocional dos pacientes. Além disso, a cozinha industrial e o cardápio elaborado pela nutricionista garantem uma alimentação saudável a todos.

O programa “O Meu Negócio” é transmitido ao vivo nas segundas-feiras, na Rádio A Hora 102.9 e nas plataformas digitais. Tem o patrocínio de Motomecânica, Black Contabilidade, Marcauten,  Dale Carnegie, Sunday Village Care e Pró-Aço.

Dica de leitura

Em mim basta! –   William Sanches 

Este livro aborda sobre crenças limitantes e padrões que fazem parte do dia a dia e como interrompê-los a fim de viver na prosperidade em todas as áreas da vida.

Aborda, de maneira prática, as situações e atitudes que fazem com que as pessoas se sintam “amarradas” no mesmo lugar.

“Em mim basta!” amplia a consciência do leitor de modo a auxiliá-lo a dar um novo passo para recomeçar.

Entrevista
Paula Garibotti • sócia da Clínica Terapêutica Novo Começo

“Nasci gostando de gente”

Wink – Garibotti é de origem italiana? Como é o almoço de domingo dessa família?

Paula- Sou de origem italiana, minha mãe é de Guaporé e meu pai de Muçum. Eles casaram e fixaram residência em Encantado. Sou de uma família de professores e eu fui professora por quase 24 anos. A reunião de família é sempre muito barulhenta. Os domingos a gente espera. Conta os dias da semana para se reunir e todos falarem ao mesmo tempo. E não basta falar com a boca e a voz, tem que usar os braços para gesticular.

Wink – Qual o peso da família na definição dos teus propósitos?

Paula – Para mim, a família é a base de tudo. Temos um slogan na Clínica que é “família é onde nossa história começa”. Tanto antes da clínica existir a importância que eu e meus familiares damos para esse ninho sagrado. Família é onde a gente se refaz, é quem é sem precisar usar máscaras. É onde a gente se reforça para poder seguir a caminhada da vida.

Wink – O que é o grande laço da família que une vocês?

Paula – Principalmente o amor. O amor não é paixão, é bem diferente. Também não é um amor permissivo, um amor mole ou frouxo, mas é resiliente. É um amor que já enfrentou várias dificuldades, que muitas vezes precisou de uma energia extra, mas é o que sustenta a gente e vem sustentando a esses anos todos.

Wink – Qual a diferença dos teus netos para o ambiente que tu nasceste?

Paula – Eu sempre gostei de manifestar a fé, gostei de abraçar, cantar, brincar… a educação me proporcionou isso, aprendi a ser assim e gostar de gente. Na verdade, eu nasci gostando de gente. Minha mãe era professora e eu ia para a escola junto com ela, desde pequenininha e eu via o quanto isso ajudava as outras pessoas. Aprendi a tocar a vida de quem a gente passa, não apenas passar. Tocar de alguma forma boa e positiva, para que, quem passa pela gente, lembre-se de uma maneira boa. O amor que eu vivi no meu seio familiar, era um pouco mais comedido. A manifestação de afeto era um pouco diferente, mas ainda assim, havia amor.

Confira aqui entrevista completa

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