A confiança dos empresários do transporte rodoviário de cargas (TRC) do Rio Grande do Sul apresentou aumento de nível, mas segue baixo. Segundo o Índice CNT de Confiança do Transportador Gaúcho, divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o índice geral atingiu 47,9% no segundo semestre de 2024, frente a 45,5% em 2023, em uma escala de 0% a 100%.
O levantamento, realizado entre 5 e 25 de novembro com apoio da Fetransul, apontou crescimento no Índice de Condições Atuais, de 36,5% para 39,2%, e no Índice de Expectativas, de 50% para 52,2%. No entanto, fatores como a alta tributação, juros elevados e infraestrutura precária, agravada pelas enchentes de maio, ainda impactam o setor.
“O levantamento mostra otimismo moderado para o futuro, com foco em estratégias internas de competitividade”, diz Fernanda Schwantes, da CNT. Francisco Cardoso, da Fetransul, destacou a relevância dos dados para negociações com os Três Poderes e para a busca de soluções que fortaleçam o setor.
Diego Tomasi, diretor da Tomasi Logística e dirigente na Fetransul, federação que congrega todos os Sindicatos de transportadores de cargas do Rio Grande do Sul, avalia que dois cenários merecem atenção. No país, a possibilidade do aumento de tributação. No estado a questão da infraestrutura rodoviária em função das enchentes.
Tomasi também é diretor de Logística e Infraestrutura da CIC Vale do Taquari. Segundo o empresário, “essas entidades de classe geram maior representatividade na busca de menos impostos, mais segurança jurídica, mais desenvolvimento econômico e principalmente mais qualidade de vida para a nossa sociedade.”
