Quais são as principais mudanças que você observou na vacinação desde que começou a trabalhar na sala de vacinas?
Quando ingressei no quadro de servidores, em 1997, a vacinação não era tão comum entre as pessoas. Havia poucos tipos de vacinas disponíveis, sendo as mais aplicadas contra o tétano e o sarampo. Ao longo dos anos, vi um aumento significativo na conscientização sobre a importância da imunização. A chegada de novas vacinas e o aumento do número de pessoas imunizadas refletiram esse avanço na saúde pública.
Como foi sua experiência com a vacinação contra a Covid-19, especialmente sendo a primeira pessoa a ser vacinada em Marques de Souza?
Foi um momento muito marcante e desafiador. Quando a vacina contra a Covid-19 chegou, em 2021, a cidade vivia um clima de grande expectativa. Fui a primeira vacinada em 21 de janeiro daquele ano, o que marcou a luta contra a pandemia em nosso município. Além disso, coordenei todo o processo de vacinação, que foi realizado por faixas etárias. Em um ano, conseguimos aplicar mais de 17 mil doses, o que foi algo inimaginável. Também realizamos a vacinação domiciliar e vacinamos todos os trabalhadores da CCR Via Sul, além das forças de segurança que atuavam no município. Foi um esforço coletivo e de muita dedicação.
A vacinação contra a Covid-19 teve uma grande procura no início. Você acredita que as pessoas entendem agora a importância das vacinas?
Sempre acreditei que as vacinas salvam vidas, e percebi isso claramente durante a pandemia. No início da vacinação contra a Covid-19, a procura foi muito alta, e muitas pessoas vinham até a unidade básica de saúde para se vacinar. Eu mesma incentivei constantemente as pessoas a buscar a imunização. No entanto, com o tempo, a procura diminuiu bastante. O cenário atual é mais tranquilo, mas isso também se deve ao número elevado de pessoas vacinadas, o que diminui a incidência de casos graves.
Hoje a procura pelas vacinas é baixa?
Hoje, a procura pelas vacinas está mais baixa, o cenário é bem diferente. O número de pessoas vacinadas aumentou consideravelmente, mas os índices de busca pela vacina reduziram. Muitas pessoas já estão imunizadas, e isso reflete na tranquilidade do momento atual. No entanto, é sempre importante continuar mantendo a vacinação em dia para prevenir doenças e garantir a saúde coletiva.
Você vê algum desafio para o futuro da vacinação?
O grande desafio é manter a conscientização sobre a importância das vacinas, principalmente com relação a novas vacinas ou reforços. A educação em saúde deve ser constante, pois, apesar dos avanços, ainda existem resistências e dúvidas que precisam ser abordadas.
Hoje como é o seu trabalho?
Vai além das aplicações. O trabalho da sala de vacinas não se limita à aplicação das doses, mas também à organização e ao acompanhamento do sistema de imunização, como o controle de estoque e a relação com o Ministério da Saúde.