“Desafio atual do trabalho comunitário é garantir a sucessão nas comunidades do interior”

ABRE ASPAS

“Desafio atual do trabalho comunitário é garantir a sucessão nas comunidades do interior”

Figura destacada pela dedicação ao trabalho voluntario no interior de Venâncio Aires, Cláudio Weschenfelder, 53 anos, atua há 20 anos como líder comunitário na Associação Esportiva São Pedro (Assespe), em Linha Grão-Pará Baixo, no interior de Venâncio Aires. Lá já foi secretário e presente por algumas oportunidades. Já foi candidato à vereador em duas oportunidades e atualmente atua na Secretaria Municipal de Cultura e Esportes. Antes disso, trabalhou por mais de 25 anos como diagramador profissional

“Desafio atual do trabalho comunitário é garantir a sucessão nas comunidades do interior”

Qual a importância da vida comunitária voluntária nos dias atuais?

O voluntariado é muito significativo na minha vida. Tudo começou pelo meu pai e aos poucos fui incorporando a importância da convivência comunitária. Ser voluntário é muito mais do contribuir ao próximo, é sim fortalecer a união de toda uma comunidade. É exercer nossa cidadania para melhorar e valorizar o que é de todos para que a coletividade consiga desfrutar da melhor forma. Contribuir com a Assespe é primar por um patrimônio de quase dois mil metros construídos. A entidade é reconhecida hoje como sendo umas das associações esportivas e recreativas mais ativas do interior do município, o que requer planejamento, engajamento e união.

Quais os desafios da vida comunitária atual?

Dentre os benefícios que a vida comunitária proporciona está o de conhecer e conviver com diferentes grupos de forma constante, mas ao mesmo tempo, a vida comunitária significa ser referência para outras comunidades. Esse é o melhor reconhecimento que pode existir. Mas sem dúvida, o desafio atual do trabalho comunitário é garantir a sucessão nas comunidades do interior dos municípios. Muitos jovens abrem mão atualmente da convivência comunitária nas associações de bairros ou comunidades do interior e por isso o desafio é justamente fazer essa busca ativa para que a sucessão aconteça e assim garantir a continuidade das entidades comunitárias sem fins lucrativos. O desafio é amplo e significativo, pois é necessário provar ao jovem a importância das entidades, mas também os benefícios coletivos. Já aos desafios mais imediatos estão sempre os de conseguir recursos públicos ou privados para manutenção ou ampliação da própria sede comunitária. Por exemplo, agora são necessários reparos e reformas no refeitório da entidade, isso demanda articulação e esforço para conquistar os recursos necessários sem onerar o próprio caixa da entidade.

O que pode explicar a resistência do jovem atual em fazer parte da vida comunitária de uma entidade?

Muitos são os fatores que contribuem para que o jovem deixe de lado a incumbência de querer faze parte da vida comunitária de uma entidade. Os próprios desafios profissionais do jovem podem ser uma pista, contudo, nas gerações anteriores a profissionalização para a vida atual também era uma realidade. A questão é que a associação precisou se reinventar. Mais do que oferecer quadras de futsal, campos de futebol, refeitório e celebrações religiosas, uma situação simples garantiu fluxo extra: quadras de futvôlei e vôlei de praia. É a entidade se reinventado para permanecer atual e presente na convivência do associado, mas também da comunidade local e municipal.

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