Após a catástrofe climática que atingiu o Vale e o estado em maio, a região tem recebido recursos para restabelecer a qualidade de vida da população e fortalecer a economia local. O Secretário da Reconstrução do RS, Maneco Hassen, informou que a União tem priorizado a destinação de recursos para diversas áreas, como apoio às famílias e crédito para empresas.
Até o momento, mais de 15 mil famílias foram beneficiadas com o Auxílio Reconstrução, totalizando R$ 75 milhões em apoio direto. A antecipação de recursos para a região ultrapassou R$ 440 milhões, conforme mencionado por Hassen. O secretário também anunciou a autorização para o início da construção de 436 imóveis e informou que 110 contratos de compra estão em trâmite entre a Caixa Econômica Federal e os cartórios. Entre os projetos em andamento, destacam-se as 256 moradias em Lajeado, 100 em Estrela e 80 em Encantado. A expectativa é que, até o final deste ano, as famílias recebam novas casas semanalmente, com previsão de 25 mil moradias no estado em 2025.
O setor empresarial também recebeu apoio, com mais de 3,1 mil empresas acessando créditos para recuperação. O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) destinou R$ 272 milhões para os negócios locais. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) alocou R$ 59 milhões, e R$ 2 milhões foram destinados a empresas da região. No total, foram disponibilizados R$ 334 milhões em crédito subsidiado e R$ 12 milhões a fundo perdido para pequenas empresas. Além disso, R$ 18 milhões foram alocados para produtores rurais.
Para os setores públicos essenciais, o Estado destinou R$ 117 milhões para a Defesa Civil, R$ 2,8 milhões para assistência social, R$ 176 milhões para educação e R$ 26,9 milhões para saúde.
O responsável pela pasta da reconstrução ressalta que todos esses recursos já estão na região ou estão empenhados para serem utilizados em breve. Ele também relembra que as empresas ainda podem solicitar crédito através do Pronampe, com juros próximos a 0%, até 31 de dezembro.
Maneco Hassen informou que, até o momento, foram alocados mais de R$ 50 bilhões para o estado, com expectativa de R$ 100 bilhões para o próximo ano. “A discussão sobre o teto de gastos do estado gira em torno de R$ 70 bilhões, valor correspondente à receita corrente líquida de 2023 que é próximo ao que somente o RS recebeu”, afirmou.
Por fim, o governo esclareceu que não houve corte de R$ 5 bilhões, conforme rumores, e destacou que a medida fiscal adotada é necessária para manter as finanças do estado equilibradas.