A chegada dos imigrantes alemães ao Brasil, em meados do século XIX, representa um dos marcos mais significativos na formação das comunidades do sul do país. Conforme o professor, escritor e historiador, Waldemar Richter, em 1824, os primeiros imigrantes alemães chegaram a São Leopoldo, uma área de floresta densa e praticamente inexplorada.
De lá, a colonização se expandiu para os Vales do Taquari e Rio Pardo, depois para o estado, avançando para o oeste de Santa Catarina, onde se criaram sociedades inteiramente novas em um território dominado apenas pelo mato.
Ao longo das décadas, a imigração alemã continuou a crescer, com a chegada de novos grupos a partir de 1845. Em 1852, muitas famílias alemãs, enfrentando uma situação difícil na Europa, recorreram ao governo brasileiro com um pedido de ajuda. “Elas relataram a falta de perspectivas de futuro para elas e seus filhos, além da escassez de alimentos. Sua solução seria emigrar para a América, mas sem recursos para a viagem. O governo brasileiro, então, comprometeu-se a financiar as passagens, assumindo a posse das terras e comprometendo-se a preservar as casas e reflorestar partes das áreas. Esse processo de reflorestamento, iniciado há 150 anos, resultou em uma das regiões mais verdes da Alemanha atualmente”.
No campo da educação, nos primeiros tempos da colonização, as famílias não conseguiram construir escolas, e o ensino era realizado de maneira improvisada nas casas. Para os evangélicos, as igrejas passaram a desempenhar um papel crucial, funcionando também como locais de ensino.
Projetos de Waldemar
O legado da imigração alemã continua a ser preservado e ampliado com a publicação de livros que documentam a história que reúne as memórias das famílias e celebrações, como a festa dos 200 anos da Imigração Alemã no Brasil. Ainda, o seminário e outros eventos também estão sendo retratados nesse trabalho.
A segunda edição do dicionário, será lançada em breve, e o livro Nossas Origens em execução fazem parte dos projetos em andamento. Além disso, o projeto Neue Heimat (Nova Pátria), que busca aprofundar ainda mais o conhecimento sobre a história e as contribuições dos imigrantes alemães, promete ser uma importante continuidade nos próximos anos.
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