A relação entre aprendizado e tecnologia nunca esteve tão próxima, e talvez por isso o debate sobre a presença da inteligência artificial nas salas de aula tenha se intensificado. O que, no início, parecia um ataque ao ensino tradicional, hoje já levanta possibilidades. Em comum, o uso ou não dessas ferramentas traz incômodos. Afinal, ao mesmo tempo em que as IAs expandem as possibilidades de acesso e personalização do ensino, elas também acendem alertas sobre os efeitos no desenvolvimento cognitivo dos jovens.
É inegável: a inteligência artificial veio para ficar. Em um contexto em que cada nova tecnologia tem o poder de mudar hábitos, há uma década atrás, quem imaginaria que salvar arquivos na nuvem substituiria os HDs portáteis? Ou, um pouco mais atrás, 20 anos, o fim do fax e a época de ouro das SMS dariam lugar a aplicativos de mensagens instantâneas?
A IA é parte dessa revolução constante e, uma vez implantada, se consolida como recurso essencial e perene. O impacto é tão profundo que estamos nos adaptando a todas as novas maneiras de aprender, junto com tudo que vem a reboque, como o impacto na forma de pensar, de se comunicar e interagir com o conhecimento.
Agora, o ponto central: como isso afeta o aprendizado? De um lado, a IA personaliza e facilita o acesso a materiais, adapta o ensino a diferentes ritmos e estilos de aprendizado. Essa mesma adaptação pode, paradoxalmente, limitar o desenvolvimento de habilidades essenciais.
Se os jovens se acostumam a respostas rápidas e prontas, sem o esforço da busca, o que será da capacidade de pensar de forma crítica e solucionar problemas complexos? São preocupações que os educadores e os especialistas têm todos os dias desde novembro de 2022, quando o Chat GPT foi lançado.
Em resumo, vejo um mundo onde a informação está a um clique de distância, mas a capacidade de raciocinar por si próprio fica cada vez mais refém das bolhas sociais na rede de computadores.
Já votou na Consulta Popular?
Vamos lá, é rápido e não custa nada. Basta ter o número do título de eleitor e acessar o portal da Consulta Popular. Chegamos à reta final. Termina amanhã. Esta Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura mos diante de uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. Podemos decidir quais projetos vão receber os R$ 1,9 milhão destinados à região no orçamento estadual de 2025. Caso a região fique entre as dez melhores participações, pode ganhar mais R$ 1 milhão até R$ 500 mil.
A Consulta Popular é sobre escolher prioridades que atendam às necessidades locais. Este ano, os projetos vão desde a qualificação profissional até o incentivo aos jovens para permanecerem no campo, passando por assistência social e tecnologia para gestão de crises. Cada um deles toca em questões essenciais para o futuro do Vale.
Mas há um desafio que não dá pra ignorar: a baixa participação. No ano passado, menos de 0,3% dos eleitores da região votaram. A verdade é que, sem participação, o poder de decisão enfraquece, e as chances de captar recursos extras desaparecem.