Novos equipamentos de sinalização e divisores de fluxo serão implementados na ponte do Rio Taquari, na BR-386, no trecho entre Lajeado e Estrela. A mudança na sinalização visa reduzir danos e colisões nos cones colocados no trecho para dividir a pista.
A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 4, em entrevista à Rádio A Hora, pelo gerente de operações da concessionária, Paulo Linck, e o coordenador de engenharia, Gabriel Cunha.
Atualmente, devido às interdições para obras, o fluxo de veículos na rodovia está operando no sistema de contrafluxo, com uma faixa em cada sentido e uma terceira faixa reversível para auxiliar o tráfego nos horários de maior movimento. A mobilização das equipes para reorganizar a sinalização é feita manualmente, com um tempo médio de 30 minutos para cada sentido na faixa reversível.
Contudo, Linck destaca que a movimentação intensa de veículos tem causado o deslocamento ou até retirada dos cones, o que exige intervenções corretivas constantes e a formação de filas em horários de maior movimentação. “Essas ações interrompem temporariamente o tráfego, o que agrava os transtornos para os motoristas, pois uma faixa precisa ficar fechada para a movimentação dos operários.”
A concessionária estima que no trecho entre Estrela e Marques de Souza existam mais de 5 mil cones, a grande maioria em Lajeado e Estrela, entre a ponte do Arroio Boa Vista e a ponte do Rio Taquari.
Recuperação da ponte
Além das modificações na sinalização, a CCR ViaSul continua com o cronograma de obras para duplicação da BR-386 entre Marques de Souza e Lajeado, com previsão de conclusão para 2025. A empresa mantém mais de 500 funcionários trabalhando simultaneamente em 15 frentes de serviço ao longo do trecho, utilizando mais de 90 equipamentos, como escavadeiras e caminhões, para atender às demandas.
Uma das etapas mais complexas das obras envolve a recuperação estrutural da ponte sobre o Rio Taquari. O reforço das fundações e a recuperação dos pilares exigem a utilização de equipamentos especializados, perfuratrizes, duas balsas e até mergulhadores. Cunha informou que os tubulões da ponte sofreram danos significativos, o que levou ao bloqueio da pista norte em setembro. Para resolver o problema, será feito o reforço com novas estacas e a construção de um bloco novo.
A obra está sendo executada por uma empresa de São Paulo, especializada em trabalhos portuários e embarcados, que utilizará balsas para as intervenções no leito do rio. As primeiras etapas incluem a execução de estacas e a instalação de camisas metálicas nos tubulões, com apoio de mergulhadores.
A previsão da CCR ViaSul é de que a liberação total do fluxo de veículos no local ocorra até março de 2025.