A música sempre foi uma grande paixão na sua vida. Como tudo começou para você? Quando se deu conta de que queria tocar a gaita?
Minha história com a música começou tarde, por assim dizer. Eu tinha 30 anos quando comecei a aprender a tocar gaita. Antes disso, eu já tinha um grande interesse pela música, mas foi nessa idade que decidi que queria aprender a tocar de verdade. Sou sobrinho do Michel, ele sempre teve essa ligação com a música sertaneja desde pequeno, tem muitos músicos na família e isso, de certa forma, me inspirou.
Você, como gaiteiro, tem algo em comum com o seu sobrinho, o cantor Michel Teló. Como é a sua relação com ele?
A relação com o Michel sempre foi muito próxima. Ele começou a se destacar na música bem cedo, e eu também, no meu tempo, sempre fui apaixonado pela gaita e pelo sertanejo. Ele aprendeu a tocar aos 7 anos de idade. Eu comecei mesmo a me envolver com a música em grupos pequenos, tocando com amigos, e até em eventos como os “terços de reis” ou na igreja. Isso mantenho até hoje. Mesmo com o sucesso dele, a gente mantém o contato frequente até hoje. Ele sempre me visita e a gente conversa muito sobre música, família e vida.
Você nunca seguiu a carreira profissional. Como foi essa escolha?
A música sempre foi mais uma paixão, um hobby para mim. Eu toco até hoje em rodas de amigos, em confraternizações, mas não segui essa carreira de forma profissional. A minha satisfação vem do prazer de estar com as pessoas que também amam a música e celebrar isso juntos.
Como foi a ajuda que vocês prestaram após a enchente em Jacarezinho?
Esse foi um momento muito difícil, mas também de muita união. Juntamente com o grupo “Anjos do Vale”, tivemos uma atuação fundamental em Jacarezinho, mais especificamente na Barra do Zeferino, que foi uma das áreas mais afetadas pela enchente. Michel, que também se envolveu diretamente, contou com a ajuda das lojas Quero-Quero, e nós ficamos lá por 15 dias ajudando da maneira que podíamos. Foi uma experiência que marcou muito todos nós, pois é sempre importante ajudar o próximo, especialmente em momentos tão difíceis.
O que ficou de aprendizado para você e para todos os envolvidos nesse momento de crise?
Eu acredito que, quando passamos por momentos tão difíceis, nos damos conta da importância de valorizar as pessoas ao nosso lado, as famílias, a comunidade. A ajuda durante aquela enchente foi fundamental, mas, mais do que isso, o que fica é a necessidade de estarmos sempre prontos para apoiar quem precisa. O tempo não para, as situações mudam, mas devemos valorizar as pessoas enquanto estão aqui conosco.