Quem inventa, aguenta!

Opinião

Carlos Martini

Carlos Martini

Colunista

Quem inventa, aguenta!

Obras de grande envergadura sempre estão sujeitas a condicionantes inesperadas, sujeitando a compreensíveis dilatações de prazos.

Quando públicas, às vezes tais imprevisibilidades vem acompanhadas de aditivos complementares, não necessariamente de má fé.

A tendência para criar expectativas positivas, tipo divulgar previamente (e contratar) prazos e custos muitas vezes inexeqüíveis, é bastante comum na administração pública.

Talvez porque na maioria doscasos não tenha maiores conseqüências pessoais e institucionais no frigir dos ovos. Bem diferente do que costuma acontecer na iniciativa privada, porque aí o bicho pega…

Mata no peito e toca o barco pra frente, quanto mais cedo chegar na outra margem melhor.

4×3 OU 4×4?

Eu sinceramente acho que esse assunto da carga máxima de horário semanal de trabalho entrou na pauta feito uma bola quadrada chutada a esmo para o meio de campo.

Ainda mais quando a própria suposta autora da proposta assume que entende tanto do assunto quanto eu entendo de capação de touro, “aproximadamente” nada.

Que o tema é relevante, sem dúvida nenhuma. E é muito complexo, em função da legislação trabalhista já consolidada, das grandes diversidades existentes em diferentes atividades, do necessário equilíbrio entre o tempo dedicado ao trabalho e o dedicado a outras necessidades, à convivência familiar, ao descanso e também para o lazer. Fatores que também contribuem para reforçar a produtividade e as harmoniosas relações de qualquer empreendimento com seus recursos humanos.

Nesse Brasil cor-de-anil existem muitas situações e realidades específicas, em que 6×1, 5×2, 5, 5×1, 5, 4, 5×2,5 e até 7×0 temporárias são pré-negociadas entre as partes realmente interessadas, de comum acordo e sem muitos estresses jurídicos.

Tema prá ser abordado com a profundidade e serenidade que merece, e por gente experiente que entende bem mais do assunto doque uma palpiteira ou este palpiteiro de plantão.

Aí é como diz o meu Cumpádi Belarmino: um “chute na lua” prá ganhar 15 minutos de fama até eu posso dar, com o bico do pé e sem chuteira. E até agora não entendeu se a pauta era em relação ao engate da tração 4×4 do jipão, com ou sem o uso da “redução”. Um entrevero de alavancas!

Na minha modesta opinião: assunto jogado no ar sem nenhu-ma profundidade, fora de época e lugar. Melhor deletar por enquando e deixar no forninho para um futuro um pouco mais distante. Por enquanto já tem pepinos e abacaxis que chega prá descascar.

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Livre pensar

Cachorro mordido por cobra escapa até de lingüíça. (autoria incerta)

Saidera

Nona na oficina, falando com o mecânico:

– Que que manda, vó, qual o problema?
– Meu carro tá fazendo um barulho muito estranho no painel…
– Já tentou tirar o CD da Anitta do rádio?

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