O Estado não admite, mas o prazo de entrega da ponte da ERS-130, será revista. Na manhã de ontem, o empresário Roberto Lucchese foi recebido pelo governador em exercício, Gabriel Souza.
Responsável pela reconstrução da ponte de ferro, Lucchese apresentou as etapas para religar as cidades. Em meio a conversa, o tema da passagem sobre o Rio Forqueta na rodovia estadual ganhou evidência.
“Estamos muito preocupados com o andamento da obra. Vemos a EGR e a Secretaria dos Transportes apresentando prazos impossíveis de cumprir”, destaca o empresário. Em cima disso, destaca: “pedimos ao governo para dar mais atenção à ponte da ERS-130. No ritmo que está, corremos o risco de não ter ela inaugurada nem em abril, na data prevista para inauguração do Cristo Protetor de Encantado.”
“Dezembro é óbvio que não ficará pronta. O vice-governador não afirmou isso, mas precisamos alertar para uma mudança no ritmo do trabalho”, destaca Lucchese. Como resposta, a garantia do governo terá uma postura efetiva em termos de cobrança sobre o atendimento aos prazos do contrato do serviço.
A nova ponte terá 150 metros de extensão, com duas faixas de rolamento e áreas para pedestres e ciclistas. O custo estimado passa dos R$ 14 milhões. O financiamento da obra é de recursos próprios da EGR, provenientes da arrecadação da praça de pedágio.
O Estado publicou a licitação, cerca de 28 dias após o episódio. A empresa Engedal venceu a concorrência.
Cobrança regional
Faltam pouco mais de 30 dias para o fim do prazo previsto no contrato da obra. A ligação é considerada fundamental para a melhoria logística regional. A cadeia produtiva regional, em especial na parte alta do Vale, operam com dificuldades devido ao comprometimento das vias de acesso.
“Precisamos mobilizar os prefeitos não só de Lajeado e Arroio do Meio, mas de toda a região. A pressão é fundamental para que a ponte fique pronta o quanto antes. Cada dia de atraso é mais sofrimento à população”, defende Lucchese.
Ponte de ferro: acesso fechado
O trânsito entre Lajeado e Arroio do Meio será fechado neste sábado devido ao asfaltamento do acesso até a ponte de ferro. O bloqueio inicia às 7h para a colocação da base e camada asfáltica na extensão da Senador Alberto Pasqualini. O trecho foi danificado na enchente de maio. No local máquinas trabalham na recuperação da via.
Histórico
A ponte ruiu em 2 de maio, durante a maior inundação da história do RS. Com isso, o Estado publicou a licitação, cerca de 28 dias após o episódio. A empresa Engedal venceu a concorrência.
Em seguida, com a assinatura da ordem de serviço, a empresa responsável pela obra iniciou os levantamentos topográficos, coleta de amostras de solo e análises geológicas e hidrológicas.
Em agosto iniciou a instalação do parque fabril no canteiro de obras, para fabricação das vigas e peças pré-moldadas. Em um espaço de 500 metros, ficam as áreas administrativas, operacionais e de convivência para os trabalhadores.
Etapas da obra
- 2 de maio: queda da ponte
- 20 de maio: edital de licitação publicado
- 31 de maio: Engedal homologada como empresa responsável
- 3 de junho: assinatura do contrato
- 5 de junho: ordem de serviço
- 21 de junho: início dos levantamentos técnicos e sondagem de solo
- 16 de julho: montagem do canteiro de obras e instalação da fábrica de pré-moldados
- 10 de setembro: início da produção das armações metálicas.