Das plantações no interior à direção de uma empresa de cursos profissionalizantes. Essa é a trajetória de Paulo Alceu Ruppenthal, diretor de duas filiais do Instituto Mix, em Lajeado e Venâncio Aires.
Ruppenthal nasceu no interior de Santa Clara do Sul, na comunidade de Arroio Alegre, onde a família trabalhava na roça. Foi no ano de 1979 que Ruppenthal veio a Lajeado, procurar emprego e uma nova realidade de vida. Aqui, começou a trajetória profissional no antigo Hotel Pindorama, como assador de carnes.
Com longa passagem pelo setor calçadista, Ruppenthal iniciou no segmento de cursos profissionalizantes nos anos 2000. Foi em 2011 que tirou do papel o antigo sonho do negócio próprio e abriu a primeira filial do Instituto Mix no Rio Grande do Sul, em Lajeado.
Dos 30 cursos oferecidos inicialmente, hoje, a empresa passa dos 200, em 12 áreas diferentes. Os destaques ficam para as áreas de estética e saúde, com opções para cursos de cuidador de idosos, massagista, maquiadora, barbeiro, auxiliar veterinário e muitos outros.
Dica de leitura
A quietude é a chave – Ryan Holiday
Com base em vários dos maiores pensadores da história, Holiday reflete sobre o que é a quietude e como ela pode ser alcançada. Ao longo da obra, apresenta figuras célebres que se valeram da quietude mesmo em momentos críticos. Entre os exemplos, Holiday cita Winston Churchill. Dividido em três partes, o livro desafia a colocar em prática técnicas e reflexões ao fim de cada capítulo.
Entrevista
- Paulo Alceu Ruppenthal • Diretor do Instituto Mix
Rogério Wink – Como a experiência num grande grupo calçadista te ajudou?
Paulo – Trabalhei no Grupo Paquetá, de 1985 até 2001, na parte de couro, em Estância Velha. Minha vida profissional de fato começou ali. Aprendi sobre liderança, relacionamento entre colegas, a como delegar responsabilidades. Entrei na área de serviços gerais e depois virei supervisor, com mais 85 pessoas na minha equipe.
Rogério Wink – Como tu vê a importância da formação profissional?
Paulo – Sempre digo que, não importa aonde a pessoa quer chegar, contanto que ela comece a investir em si própria. Não precisa ter um doutorado, mas precisa saber fazer e isso a gente ensina no Instituto Mix. Além disso, a falta de profissionais é uma realidade em todas as áreas. Seguidamente empresas nos ligam procurando indicações porque falta gente qualificada no mercado.
Rogério Wink – Como a Microlins entrou na tua trajetória?
Paulo – Sempre tive vontade de ter um negócio próprio. Nos anos 2000, percebi que não teria mais oportunidade de crescer na Paquetá. Dentro da empresa, verifiquei a dificuldade de contratar pessoas para as vagas disponíveis, então o ensino profissionalizante me chamou atenção. Fui para uma feira do Sebrae em Porto Alegre, onde estudei muitas propostas. Ali conheci a Microlins e comecei a me aprofundar mais nesse assunto.
Rogério Wink – E quando mudou para o Instituto Mix?
Paulo – Em 2011, a Microlins não estava mais me deixando feliz e recebi o convite para entrar no Instituto Mix. Fui pioneiro no estado, a primeira unidade do RS coloquei aqui em Lajeado. Durante anos, trabalhei na expansão do Instituto pelo estado. Aqui, comecei numa estrutura de 300 m², hoje são mais de 700m². Acredito que qualquer negócio é possível desde que a gente queira fazer. Eu me realizei profissionalmente
com o Instituto MIx. Acredito que precisamos deixar um rastro. É olhar para trás e ver que deixamos uma marca, ver quantos jovens já passaram por uma sala de aula nossa e hoje são profissionais de sucesso.
Rogério Wink – Como vocês orientam os alunos do Instituto?
Paulo – A nossa equipe comercial é composta por orientadores, não vendedores. Primeiro, fazemos uma sondagem para entender a realidade da pessoa e entender qual o curso mais ideal para ela. Nossos instrutores recebem orientações e diretrizes do Instituto Mix, mas também permitimos que cada um faça adaptações ao seu modo de ensinar. Acredito que tecnologia e a inteligência artificial vieram para complementar, mas não substituem o fator humano. Não vejo como isso pode terminar.