Em sua participação desta semana, a professora Elisabete Barreto Müller trouxe à tona uma reflexão indispensável para os dias atuais, mesmo em 2024, o racismo segue como uma das grandes chagas da sociedade brasileira, evidenciado, entre outros contextos, por comentários preconceituosos em torno do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.
“Precisamos, através da educação, prevenir esse tipo de atitude. Opiniões que são preconceituosas e criminosas devem ser punidas”, enfatiza Elisabete, destacando o papel fundamental da conscientização e da legislação na luta contra o racismo.
Números que escancaram a desigualdade
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam o impacto devastador da violência racial no Brasil. Entre as vítimas de homicídios no país, 77,1% são pessoas negras. A taxa é alarmante: a cada 100 mil habitantes, 31 homicídios envolvem pessoas negras.
“Esses números reforçam a necessidade de ações concretas para combater tanto o preconceito enraizado quanto as desigualdades estruturais que perpetuam a violência contra a população negra”.
Para Elisabete, a mudança passa necessariamente pela educação. É na escola, nas famílias e nos espaços públicos que se deve fomentar uma cultura de respeito, igualdade e diversidade. Além disso, políticas públicas mais efetivas e a punição rigorosa de práticas discriminatórias são caminhos apontados como essenciais.
“Não podemos normalizar ou relativizar o preconceito. Ele não é opinião, é crime, e precisa ser tratado como tal”, conclui.
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