O primeiro Centro Regional de Proteção e Defesa Civil do RS será em Lajeado e deve estar pronto até o fim de 2025. Essa é a estimativa do governo do Estado. Após análise sobre possíveis locais à sede da unidade, foi decidido que o complexo será construído em terreno público, às margens da ERS-130.
Na área, está prevista a construção da sede do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Conforme o coordenador regional da Defesa Civil, Claiton Marmitt, o local atende os requisitos de logística, espaço e utilidade.
Outro ponto estudado era ao lado do quartel de bombeiros de Lajeado, no bairro Montanha, considerado menor do que o necessário. “O terreno escolhido é amplo. Podemos instalar um depósito de doações, estacionamento e um heliponto. Também é um local que tem uma logística privilegiada. Fica ao lado da rodovia, com acesso fácil para a parte alta do Vale.”
O Centro Regional de Defesa Civil foi incluído entre os projetos estruturantes do Plano Rio Grande, idealizado para adaptação e resiliência climática. Dentro das metas, estão a coordenação, planejamento e execução de medidas para mitigar consequências econômicas, sociais e ambientais durante catástrofes.
De acordo com o coordenador estadual de Defesa Civil, Luciano Boeira, as estratégias para descentralização dos serviços de proteção são trabalhadas por eixos. Em cima disso, os centros regionais estão previstos como preparação, com investimentos para mapear áreas de risco a partir de sistemas de alertas, junto com isso, passam a integrar as ações com aumento da capacidade das forças de resposta.
Compromisso assumido
Em agosto, o vice-governador, Gabriel Souza apresentou a proposta do Centro Regional durante reunião na Univates. Para os próximos passos, a expectativa do Estado é instalar o primeiro centro do RS em Lajeado.
As informações e o monitoramento terão um sistema espelhado com a Sala de Situação, ligada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e coordenação estadual da Defesa Civil, em Porto Alegre. “Teremos mais base para a tomada de decisão”, destacou o vice-governador.
“Também vamos reforçar o efetivo para que, a partir desses investimentos, possamos melhorar a prevenção e a resposta rápida aos eventos climáticos”, prometeu diante de líderes regionais.
Detalhes da proposta
A instalação dos Centros Regionais visa colocar à disposição dos gestores públicos uma infraestrutura para situações críticas, com alta disponibilidade de recursos (com uso de diferentes sistemas operacionais) e redundância (ferramentas capazes de manter a energia e a comunicação durante colapsos) – onde seja possível, por exemplo, a instalação de um Gabinete de Crise.
Conforme Boeira, o espaço oferece capacidade para reunir diferentes recursos humanos, além de coordenação e articulação mais adequadas às instituições e profissionais envolvidos na prevenção, preparação e resposta aos desastres.
Sistema de alerta
O Ministério da Integração Nacional e a Agência de Telecomunicações (Anatel) expandiram o programa “Defesa Civil Alerta”. Lançado em agosto, o sistema envia mensagens para todos os celulares que estão em áreas de risco.
Em 30 de novembro, será feito um simulado para os municípios de Cruzeiro do Sul, Estrela e Roca Sales. A partir do dia 4 de dezembro, todas as cidades gaúchas estarão no sistema nacional.
A plataforma usa as redes 4G e 5G para emitir mensagens gratuitas e sonoras. Na primeira fase, a tecnologia foi testada em aparelhos dentro das áreas dos municípios de Muçum e Roca Sales.
O Defesa Civil Alerta será usado para eventos súbitos, como enchentes repentinas, deslizamentos de terras ou rompimento de barragens. Desenvolvido em parceria do governo federal, Anatel e operadoras de telefonia celular, o sistema oferece uma nova camada de proteção à população.
As mensagens enviadas interrompem qualquer atividade em uso no aparelho, como chamadas, aplicativos ou reprodução de vídeos, garantindo que o alerta receba atenção imediata.
