Na manhã desta segunda-feira, 25, o Boletim Focus semanal foi divulgado. Em uma semana mais calma para o mercado financeiro, a expectativa fica mesmo para a divulgação do pacote de gastos do governo federal.
INFLAÇÃO
Analistas do mercado financeiro reduziram de forma mínima a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na referência do boletim Focus desta segunda, a redução na semana foi de 4,64% para 4,63%.
Dessa forma, a projeção segue acima do teto da meta de inflação para este ano, que é de 4,50%. A pesquisa semanal questiona mais de 100 instituições financeiras semanalmente, e divulga o relatório.
A meta central de inflação é de 3% neste ano – e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos.
Segundo os analistas, o aumento de gastos públicos é outro fator que tem pesado para o aumento das projeções de inflação. A indefinição quanto ao pacote de corte de gastos do governo federal contribuem para deixar o mercado mais instável e com inflação crescente.
Para 2025, entretanto, a estimativa de inflação deu uma forte guinada para cima na semana passada, avançando de 4,12% para 4,34%. A inflação tem impacto direto sobre a taxa de juros nacional. O BC calcula que a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas. Os preço aumentam, e o salário não acompanha o mesmo crescimento.
PIB
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços no país, em 2024, a projeção do mercado subiu de 3,10% para 3,17%.
JUROS
Ainda há uma previsão de novo aumento da Selic na última reunião do ano, programada para 10 e 11 de dezembro. Os economistas do mercado financeiro continuam prevendo aumento da taxa básica de juros da economia brasileira até o fim do ano.
A taxa Selic está em 11,25% ao ano, após dois aumentos. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia continuou em 11,75% ao ano.