Lajeado: ontem, hoje e amanhã

Opinião

Marcos Frank

Marcos Frank

Médico neurocirurgião

Colunista

Lajeado: ontem, hoje e amanhã

Antônio Fialho de Vargas é o fundador e patriarca de Lajeado, nas palavras do historiador e amigo José Alfredo Schierholt. Foi ele quem em 1862 construiu o engenho e o moinho, que dariam origem à cidade de Lajeado.
O rio fornecia a energia para mover a roda de água e ao mesmo tempo servia de caminho natural para escoamento da produção.

As riquezas produzidas no interior fosse ele São Gabriel da Estrela, São Bento, Conventos Velho, Picada São José dos Conventos, Forqueta ou Santa Clara, eram trazidas até a beira do rio onde as empresas fluviais tinham seus armazéns e utilizavam maxambombas para vencer o desnível do rio.

O Rio Taquari foi então o primeiro eixo de crescimento de Lajeado, cuja aglomeração urbana na época se concentrava entre as margens do rio e a atual praça Marechal Floriano.

O tempo passou, os carros e caminhões chegaram e na metade do século XX começaram estudos para ligar a região noroeste do estado à região metropolitana. Essa última acabara de ganhar em 1958, a então maior obra de engenharia da América do Sul na época, a “Travessia Engenheiro Régis Bittencourt” – ou Ponte do Guaíba.

Ainda hoje há muita discussão sobre a escolha do traçado da então Rodovia Presidente Kennedy (atual 386), mas não há dúvida de que sua passagem por Lajeado mudou a história da cidade e se transformou no nosso segundo eixo de crescimento. De vendedores de produtos agrícolas e animais passamos a sede de uma pujante indústria da alimentação.

A transformação realizada por essa obra, fez com que a antiga colônia se transformasse numa cidade próspera em que 99.6% de seus habitantes vivem na zona urbana e são o centro de uma região onde vivem mais de trezentas mil pessoas.

Hoje o ritmo de crescimento da região é tão grande que mal percebemos que o terceiro eixo de crescimento já se instalou e segue a passos largos.

Sir Winston Churchill, o grande líder inglês da segunda guerra mundial já profetizou há mais de meio século que os “impérios do futuro serão os impérios da mente”, e isso é a mais pura verdade.

Nosso terceiro eixo de crescimento, justamente o eixo da mente, já está instalado e em pleno funcionamento na avenida Tallini. No futuro nos consolidaremos como um polo não mais de produção, mas sim de serviços.

A questão é saber que forças fazem esses eixos andar e mudar? As controlamos ou somos por elas atropelados?
E o que querem afinal, os moradores de Lajeado?

Para além da resposta fácil de educação, saúde e segurança, ousaria dizer que queremos o que europeus e americanos já conquistaram: qualidade de vida!

“Qualidade de vida” é o método utilizado para medir as condições de vida de um ser humano. Envolve o bem espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos e também a saúde, educação, poder de compra, habitação, saneamento básico e outras circunstâncias da vida.”
Não é uma tarefa fácil, mas estamos a caminho.

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